Por Delmo Menezes

Mais um fato lamentável ocorreu na noite desta quinta-feira (27) por volta das 22h30 no Hospital Materno Infantil de Brasilia (HMIB). Uma mãe desesperada pela falta de atendimento para seu filho, agride enfermeira da classificação de risco.

Em virtude do fechamento da pediatria dos hospitais do Gama e Santa Maria, e a falta de médicos pediatras nas UPAS, casos como este, são recorrentes naquele hospital.

Veja o vídeo

No passado recente, o Hospital Materno Infantil de Brasília (HMIB), era reconhecido como unidade de referência no Centro-Oeste, tendo a maior UTI Neo Natal e o melhor serviço de cirurgia pediátrica do Distrito Federal, além de oferecer a população um atendimento especializado em cirurgias de recém-nascidos da capital.

Hoje a situação é bem diferente. O Hospital da Criança, Hospital de Base, Hospital do Gama e outas unidades, têm encaminhado pacientes crônicos com câncer para internação no HMIB, mesmo com a deficiência de atendimento especializado, quantidade de profissionais insuficiente e falta de espaço para internação.

No mês passado, documento produzido pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), em conjunto com os conselhos regionais de Medicina, Enfermagem, Odontologia, Farmácia, Engenharia e Agronomia, mostra a falta de insumos básicos, medicações e reagentes de exames laboratoriais, o que inviabiliza cirurgias eletivas e eleva o atendimento em urgências no HMIB.

NOTA DA SECRETARIA DE SAÚDE DO DF

A direção do Hospital Materno Infantil de Brasília informa que um médico atendeu na porta aos pacientes que chegavam e outro apenas as emergências. Dos dois profissionais que estariam no plantão, um apresentou atestado por doença e o outro está em licença nojo. O plantão previa três médicos, porém a direção conseguiu recompor a equipe com mais um profissional. Os profissionais atenderem, além dos pacientes que chegavam, 16 crianças internadas nos leitos de observação e Sala Amarela e outros 50 nas salas de internação.

 Entre 19h e 22h, 36 pacientes foram acolhidos e receberam classificação de risco, além de outros 20 que já aguardavam atendimento, resultado de exames ou reavaliação. Os casos mais graves têm prioridade, o que pode causar lentidão no chamado aos pacientes com classificação amarela e verde.

 O atendimento foi paralisado quando uma mãe de um paciente que aguardava atendimento se exaltou e resultou em destruição de patrimônio público. Na madrugada, o atendimento foi retomado por ordem de chegada.

Da Redação do Agenda Capital

Delmo Menezes
Gestor público, jornalista, secretário executivo, teólogo e especialista em relações institucionais. Observador atento da política local e nacional, com experiência e participação política.

1 COMENTÁRIO

  1. E a gente deixou fila zero para cirurgias de criança
    Deixamos um hospital de excelência que hoje está assim
    Lamentável é q o povo não aprende a votar e continua mantendo no poder esses crápulas

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