Meninos Tailandeses estão recebendo cuidados médicos no hospital. Foto: Reprodução

Por Redação

As autoridades tailandesas divulgaram nesta quarta-feira (11) as primeiras imagens da complexa operação de resgate de 12 meninos e seu treinador de futebol, presos por duas semanas em uma caverna inundada e que agora se recuperam no hospital.

Um vídeo do resgate dos 12 meninos da equipe de futebol e de seu técnico na caverna tailandesa inundada – e na qual ficaram mais de duas semanas presos – mostra alguns deles em macas, aparentemente sedados e usando equipamentos de mergulho.

As imagens, postadas na página do Facebook do corpo de elite da Marinha tailandesa, também mostram muitos mergulhadores tailandeses e estrangeiros usando cordas, roldanas e tubos de plástico para tirá-los do complexo subterrâneo.

Mais cedo, nesta quarta-feira, um dos socorristas, membro dos fuzileiros da Marinha tailandesa e que participou da operação de resgate, informou à AFP que alguns meninos estavam “adormecidos” durante o procedimento. Esses são os primeiros detalhes revelados sobre a complexa operação de resgate.

“Alguns deles estavam adormecidos, outros moviam os dedos (como se estivessem) ‘grogues'”, explicou o comandante Chaiyananta  Peeranarong, que foi o último socorrista a deixar a caverna após o resgate dos jovens, com entre 11 e 16 anos, e seu treinador de futebol.

O departamento de Relações Públicas do governo da Tailândia também postou hoje as primeiras imagens de alguns dos garotos no hospital. O vídeo mostra os integrantes da equipe de futebol “Javalis Selvagens” em suas camas, usando máscaras de proteção dentro de um ambiente protegido por paredes de vidro.

Os médicos informaram que os meninos estão em boas condições físicas e mentais, algo apoiado pelas imagens divulgadas pelo governo da Tailândia.

Nas imagens, os meninos acenam para as câmeras e familiares do lado de fora e fazem a tradicional saudação “wai”.

Os adolescentes parecem à vontade, sem qualquer sinal de trauma após os 18 dias no interior da caverna.

Os socorristas, mergulhadores estrangeiros auxiliados por comandos da Marinha da Tailândia, foram celebrados como heróis por terem resgatado em segurança o grupo da gruta de Tham Luang, no norte da Tailândia, onde ficaram presos em 23 de junho em razão de uma inundação.

A exclamação “Hooyah”, herdada da Marinha americana e que visa elevar o moral, proliferava nas redes sociais tailandesas. “Missão cumprida!”, felicitou o jornal “The Nation”.

Tudo ou nada

Durante 18 dias, a Tailândia e o resto do planeta acompanharam a odisseia do jovem time de futebol, os “Javalis Selvagens”. A chuva que voltou a cair nesta região que faz fronteira com Mianmar e Laos tornou a intervenção ainda mais urgente.

Os jovens jogadores passaram nove dias nas entranhas da gruta, até que dois mergulhadores britânicos conseguiram alcançá-los, no início da semana passada. Exaustos, mas vivos, estavam a mais de quatro quilômetros da entrada da vasta rede subterrânea.

As equipes de resgate estudaram desesperadamente todas as soluções possíveis, como perfurar túneis nas montanhas ou fazê-los esperar no subsolo por semanas até o final da estação das monções.

Mas, diante da ameaça de novas chuvas e da diminuição do nível de oxigênio na câmara onde o grupo estava, as autoridades decidiram no domingo tentar o tudo ou nada.

O percurso era repleto de obstáculos com trechos de túneis inundados e passagens estreitas.

Os 13 mergulhadores estrangeiros e os comandos tailandeses retiraram os meninos em três grupos. Cada saída era recebida com a exclamação “Hooyah” na página do Facebook da Marinha da Tailândia.

As crianças foram colocadas em quarentena no hospital de Chiang Rai. Apesar de tudo, estão em bom estado físico e mental.

Centenas de estudantes se reuniram nesta quarta-feira em frente ao hospital, onde os garotos permanecerão por várias semanas.

Liderados por um professor, os alunos cantaram para agradecer “todos aqueles que contribuíram para o sucesso da missão”.

Da Redação com informações do UOL

Delmo Menezes
Gestor público, jornalista, secretário executivo, teólogo e especialista em relações institucionais. Observador atento da política local e nacional, com experiência e participação política.

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