Cidade de Águas Claras-DF. Foto: Reprodução

Moradores de Águas Claras tanto no Facebook quanto no WhatsApp, detalham relatos de mais casos de violência que não tiveram tanta repercussão, mas que confirmam a sensação de medo que existe entre quem circula pela cidade

Por Redação*

Há alguns anos, morar em Águas Claras, significava status, segurança, conforto em poder desfrutar de uma cidade moderna, jovem e aconchegante. Hoje as coisas não são bem assim.

Nesta quarta-feira (28), um tiroteio no meio da tarde em uma das áreas mais movimentadas de Águas Claras aumentou a insegurança e deixou moradores e comerciantes ainda mais preocupados. O caso ocorreu na quarta-feira, nas proximidades de um colégio de classe média alta, do lado de um posto de gasolina, com lanchonetes, supermercado e farmácias ao redor, após uma abordagem policial a um traficante de drogas. Ninguém ficou ferido, mas logo expôs problemas da cidade em torno da sensação da falta de segurança.

As matérias sobre a troca de tiros e os desdobramentos da ação policial ficaram entre as mais lidas dos principais veículos de comunicação da cidade, com grande distribuição nas redes sociais. Em grupos de moradores de Águas Claras tanto no Facebook quanto no WhatsApp, surgiram relatos de mais casos de violência que não tiveram tanta repercussão, mas que confirmam a sensação de medo que existe entre quem circula pela cidade.

São situações de roubo de pedestres e de comércio com uso de armas de fogo, além de arrombamento de veículos, venda de drogas à luz do dia e furto de celulares. Em duas das suas obras mais célebres Modernidade líquida e Comunidade: a busca por segurança no mundo atual, o sociólogo polonês Zygmunt Bauman, morto em janeiro de 2017, trabalha três elementos como fundamentais para deixar a sociedade ou o indivíduo autoconfiante: segurança; existência de garantias e a certeza.

Fazendo uma analogia com a violência, podemos dizer que a falta de quaisquer desses elementos citados por Bauman provoca a sensação de insegurança. É o que ocorre em Águas Claras. Se a segurança não é total, se há o medo de que mesmo agindo da maneira correta não se está livre do perigo e sem ter a certeza de todos os bens conquistados não continuarão conosco, surge o medo. E aí entra o papel do Estado, das forças de segurança. Respostas precisam ser rápidas, com um agravante se não forem tomadas: a ausência de medidas ajuda a compor um panorama caótico, em que a população se sente desprotegida. Prestar atenção nas manifestações da comunidade, principalmente em redes sociais, é um passo para trazer a sensação de paz.

*Com informações do Correio e Agenda Capital

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here