Em medição na tarde desta quinta-feira (8/2) o reservatório do Descoberto chegou a 50,1% (foto: Ed Alves/CB/D.A Press)

No mesmo dia em que a CEB abriu as comportadas da barragem do Lago Paranoá para eliminar excesso de água, o principal reservatório do DF superou a meta prevista apenas para o fim do período chuvoso

Por Redação

Após a forte chuva atingiu o Distrito Federal na tarde desta quarta-feira (7/2) – somente entre as 16h e às 17h, choveu 41,8mm, 19% do esperado para fevereiro – o reservatório do Descoberto chegou a 50,1% do volume total. O número é superior ao esperado pela curva de acompanhamento da Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do DF (Adasa) para o fim do período chuvoso, em maio.

Em janeiro deste ano, Maurício Luduvice, presidente da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb), informou, em entrevista ao Correioque se o nível dos reservatórios continuasse subindo, após o fim do período de chuva, a companhia poderia repensar sobre o fim do rodízio de abastecimento de água.

Além da curva de acompanhamento, a Adasa desenhou três cenários para o futuro hídrico do DF até maio. Neste momento, o Descoberto caminha acima do melhor quadro, que esperava que o reservatório chegasse a 43% até o fim de fevereiro. Em medição na tarde desta quinta-feira (8/2), o reservatório de Santa Maria, o segundo mais importante de Brasília, subiu para 38%, acima dos 36% esperado para o período.

Comportas do Lago Paranoá são abertas

No mesmo dia em que o Descoberto superou a metade do volume total, a Companhia Energética de Brasília (CEB) abriu duas comportas da barragem do Lago Paranoá  para eliminar o excesso de água. A medida ocorreu porque o nível do lago estava estava em 1000,65 metros, próximo à cota máxima de 1000,80 metros.

A reportagem questionou a Caesb se a água liberada não poderia ser bombeada para outro reservatório e utilizada em combate à crise hídrica enfrentada pelo DF desde 2016. O órgão respondeu, por meio da assessoria de imprensa, que já retira, desde outubro de 2017, cerca de 600 litros de água por segundo (l/s) do Lago Paranoá na Estação de Tratamento de Água do Lago Norte, que abastece Lago Norte, Paranoá, Itapoã e Taquari. Além disso, mais 280 l/s estão sendo transferidos para o Sistema Santa Maria/Torto. A companhia  não pode retirar mais do que isso porque não há capacidade para  tratar e distribuir mais água.

Para poder retirar mais recursos, o Governo de Brasília tem um projeto, já licitado, para captar mais de 2 mil litros de água por segundo do Lago Paranoá, podendo  também armazenar, tratar e distribuir a água do lago de forma definitiva. As obras estão orçadas em R$ 480 milhões e o GDF negocia o financiamento com a Caixa Econômica Federal.

Da Redação com informações do Correio / Adasa

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