Bolsonaro e Haddad. Foto: Reprodução

Por Coluna Painel

A migração dos pragmáticos

As sucessivas pesquisas que apontam oscilações positivas de Jair Bolsonaro (PSL) causaram reações que vão do alarde à resignação nas campanhas de centro-direita. Integrantes da cúpula do PSDB em Minas, por exemplo, o segundo maior colégio eleitoral do país, sondaram prefeitos sobre movimentos em suas bases. Os relatos foram desencorajadores: grande parte admitiu aderir ao voto útil contra o PT já no primeiro turno, optando pelo capitão reformado para não dar força à oposição local.

Contra todos

Deputados tucanos mineiros que percorreram o interior do estado nos últimos dias começam a falar em “febre pró-Bolsonaro”. Irritados, praguejam o que chamam de ódio irracional e relatam que o PSL está furando o teto do antipetismo na região, sendo encarado agora como a opção “antissistema”.

Divã

O clima na cúpula da campanha de Geraldo Alckmin, o presidenciável do PSDB que teve o crescimento travado pela evolução da candidatura de Bolsonaro, é quase de resignação. “Não há nenhuma racionalidade. Tem que aceitar, não dá para tentar entender”, diz um alia do tucano.

Missão dada

Esse mesmo dirigente do PSDB afirma, porém, que a campanha seguirá usando todas as armas disponíveis para provocar uma mudança e chamar o eleitor a uma análise mais fria. “A gente vai até o final”, garante.

Antes que seja tarde

Diante da estagnação de Alckmin, dirigentes do Solidariedade e da Força Sindical vão propor a Paulinho da Força (SD-SP), mandatário do partido, que abandone o tucano e declare apoio a Ciro Gomes (PDT).

Apelo final

Com os evangélicos divididos entre ala que defende o apoio a Bolsonaro e outra que prega a isenção, aliados de Alckmin preparam cartilha para esses eleitores.

Somando esforços

A campanha de Henrique Meirelles (MDB) decidiu subir o tom contra a polarização na corrida eleitoral. Vídeo que vai ao ar neste sábado (22) diz que “tem muita gente votando contra”.

Somando esforços 2

“Uns votam no Bolsonaro porque são contra o PT. Outros votam no PT porque são contra o Bolsonaro. No fundo, você sabe como tudo isso acaba: vai dar ruim”, concluiu a peça.

Falso testemunho

A equipe de Bolsonaro preparou vídeo para redes que exibe um pronunciamento da candidata a deputada Carla Zambelli (PSL) dizendo que “todos os partidos de esquerda foram contra” projeto que autorizava delegados a conceder medidas protetivas a mulheres. “Pergunto: que espécie de ajuda é essa para a mulher?”.

Falso testemunho 2

Acontece que a proposta foi aprovada em março de 2016, na Câmara, por aclamação, por todas as bancadas. No Senado, a matéria também foi aprovada em votação simbólica, com apoio de todos as siglas. O trecho citado no filme foi vetado pelo presidente Michel Temer.

Precoce

No vídeo, Zambelli também defende proposta de castração química para estupradores. “Na hora que existe um verdadeiro projeto que pode acabar com a violência contra a mulher, (…) por que o PT não apoia?”. Segundo o sistema da Câmara, a proposição não chegou ao plenário.

Convertidos

A Associação de Militares da Reserva do Paraná disparou boletim a associados no qual diz que a eleição está dividida entre o centrão, o PT e os candidatos da direta: Bolsonaro, Cabo Daciolo (Patriota) e Álvaro Dias (Podemos). Só o deputado do PSL, defende, pode garantir a “verdadeira democracia”.

Reação

Paulo Guedes, o guru de Bolsonaro, foi aconselhado a retomar a agenda para não prejudicar o candidato. Ele deixou de ir a compromissos com o mercado após proposta sobre tributos gerar polêmica.

Tiroteio

Precisamos de clareza e transparência. Fugir do debate ou fazer discurso ambíguo é igualmente irresponsável

Da economista Ana Carla Abrão a Paulo Guedes, o guru de Bolsonaro, que desmarcou compromissos após propostas polêmicas vazarem

Da Redação com informações da Folha ( Thais Arbex e Julia Chai)

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