Além dos torneios, o evento conta com espaços free play para jogos em videogames, fliperamas e computadores
Por Delmo Menezes
Brasília virou palco da maior celebração gamer do Centro-Oeste com a terceira edição do Brasília Game Festival (BGF), que começou nesta sexta-feira (16) e segue até domingo (18), no Centro de Convenções Ulysses Guimarães. O evento gratuito reúne 50 mil inscritos e uma programação intensa, com disputas eletrizantes de eSports, painéis temáticos, exposições interativas, experiências imersivas e diversas atrações culturais.
Logo no primeiro dia, o festival foi tomado por energia, competição e muita diversão. O destaque vai para a final da Liga NFA Split 1, o maior circuito independente de Free Fire do país. Doze dos melhores times do Brasil disputam o troféu, com premiação em dinheiro e o cobiçado anel do MVP (jogador mais valioso). Entre os participantes está o paulista Diogo Eloi, 22 anos, da equipe Los Grandes, que atua no cenário há sete anos. “É uma grande vitrine para a gente e para a empresa. Tem que ter muito foco e persistência para chegar até aqui”, disse o jovem atleta.
Outro nome conhecido do público é o brasiliense Tiago Silva, 27 anos, bicampeão da disputa de Just Dance, que mais uma vez entra na pista com sede de vitória. “O BGF trouxe uma revolução para Brasília. Gente do Rio, São Paulo, BH, todos estão aqui. A competição é incrível”, afirmou o dançarino e atleta e-sports.
Além dos torneios, o evento conta com espaços free play para jogos em videogames, fliperamas e computadores, palco de dança, cosplay, estúdios independentes, feira gastronômica e painéis voltados à formação profissional no mercado de jogos, como o campeonato de playtest, voltado a quem quer se tornar testador.
Projeto Game Changer e premiações inéditas
A edição 2025 conta com o inédito estande do Game Changer, projeto idealizado pelo DJ Alok, que promove inclusão e diversidade no mundo gamer. O espaço inclui arena free play, campeonatos solo e um torneio final 4×4 com premiação especial: uma viagem para São Paulo com ingresso para o show da Áurea Tour, no Mercado Livre Arena Pacaembu, em 28 de junho.
Incentivo à inclusão e à acessibilidade
Um dos diferenciais do BGF é a sua aposta na representatividade. A programação contempla times femininos, indígenas, e jogos voltados para a comunidade surda e pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Um dos destaques é o jogo “Meu Amigo Caramelo”, desenvolvido por alunos do Instituto Infnet (RJ), pensado para crianças com TEA, que simula cuidados com um pet virtual. “Além do aspecto lúdico, promove noções de higiene e atividades cognitivas”, explica o professor Eduardo Brasil, responsável pelo projeto.
Indústria em ascensão no DF
De acordo com o secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação, Leonardo Reisman, o Distrito Federal vem se consolidando como polo de desenvolvimento de games, com 37 empresas ativas e R$ 10,4 milhões movimentados apenas em 2023. “O BGF mostra o potencial dessa indústria que emprega desenvolvedores, músicos, ilustradores, roteiristas e muito mais”, afirmou.
Já o secretário de Esporte e Lazer, Renato Junqueira, destaca o papel dos eSports como nova vertente do esporte. “Essa é uma indústria que movimenta a juventude, gera emprego e fomenta inovação. Nosso papel é apoiar esse ecossistema.”
O evento conta com investimento de R$ 2,67 milhões do GDF, por meio da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação, com apoio da Secretaria de Esporte e Lazer. A arena da NFA ainda recebe suporte da marca Pichau, que fornece os equipamentos e promove ativações exclusivas.
Um evento para toda a família
“É um festival completo, com atrações para todos os públicos, desde o free play até os campeonatos profissionais. É gratuito, democrático e pensado para toda a família”, garante o presidente do Instituto Conecta Brasil, Eduardo Moreira, um dos organizadores do evento.
O Brasília Game Festival segue até domingo (18), com a grande final da NFA, apresentações culturais e muito mais. Os ingressos são gratuitos e podem ser retirados no site oficial do evento.
Se quiser, posso montar também uma versão mais curta ou com foco em algum tema específico, como economia criativa, inclusão ou competição profissional.
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Da Redação do Agenda Capital
