Professores cobram 19,8% e reestruturação de carreira no magistério
Por Redação
Professores e orientadores educacionais da rede pública do Distrito Federal decidiram entrar em greve por tempo indeterminado a partir da próxima segunda-feira, 2 de junho. A paralisação, aprovada em assembleia nesta terça-feira (27/5) perto do Eixo Cultural Ibero-Americano (antiga Funarte).
De acordo com a categoria, a paralização é uma resposta à falta de acordo com o governo em relação às demandas dos profissionais da educação.
As principais reivindicações, conforme divulgado pelo Sindicato dos Professores (Sinpro-DF), incluem:
- Reajuste salarial de 19,8%: Um pleito que busca repor perdas e valorizar a categoria.
- Reestruturação do plano de carreira: Essencial para garantir progressão profissional e salarial justa.
- Diminuição do tempo para alcançar o topo da tabela salarial: Uma medida que visa acelerar o reconhecimento da experiência e qualificação.
- Pagamento do dobro do percentual de titulação: Professores e orientadores com especialização, mestrado e doutorado exigem que os adicionais por titulação (atualmente 5%, 10% e 15%, respectivamente) sejam dobrados, reconhecendo o investimento em qualificação.
Segundo o Sinpro-DF, as tentativas de negociação com o governo se estendem desde o início do ano. No entanto, em 21 de maio, o Executivo local teria comunicado a impossibilidade de apresentar qualquer proposta, o que levou à decisão pela greve.
Samuel Fernandes, diretor do Sinpro-DF, ressaltou a inevitabilidade da paralisação diante da postura do GDF. “Como não houve proposta do GDF para a reestruturação da carreira, não houve outra saída”, afirmou o sindicalista.
Além das questões salariais e de carreira, os educadores também reivindicam a recomposição do quadro de professores efetivos, com a nomeação de todos os aprovados em concursos, e a garantia de melhores condições de trabalho nas escolas públicas do DF.
A decisão dos professores do Distrito Federal de iniciar uma greve por tempo indeterminado, tem o potencial de impactar significativamente o calendário letivo, resultando em atrasos e na necessidade de reposição de aulas. Milhares de alunos da rede pública de ensino serão diretamente prejudicados, com a interrupção de suas atividades escolares e o comprometimento do processo de aprendizagem. A situação gera grande preocupação entre pais e responsáveis, que veem o futuro educacional de seus filhos diretamente ameaçado por esta paralização.
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Da Redação do Agenda Capital