Jornalista Paulo Fona. Foto: Reprodução

Por Redação

Uma semana após ser nomeado como Secretário de Imprensa da Presidência, o jornalista Paulo Fona foi exonerado terça-feira (13/08) pelo presidente Jair Bolsonaro . Em nota divulgada, Fona diz que a decisão partiu de Bolsonaro e atrela a dispensa ao seu histórico profissional com passagens pelo MDB, PSDB e PSB. Este é o terceiro secretário de imprensa  a deixar o posto. A exoneração ainda não foi publicada no Diário Oficial da União (DOU).

Na Coluna Eixo Capital do CB, o jornalista explica as razões de sua demissão do cargo.

Leia a entrevista:

Quem é o responsável pela sua exoneração na Secretaria de Imprensa da Presidência da República seis dias depois da nomeação? O presidente ou o filho 02?

Quem nomeia e exonera é o presidente da República. Portanto, quem me exonerou foi o presidente Bolsonaro.

Por que essa passagem tão rápida?

Porque ele decidiu que eu não deveria mais integrar a equipe dele. Foi isso o que eu ouvi quando fui comunicado da exoneração.

Quem lhe comunicou da decisão do presidente e qual foi a justificativa?

Quem me comunicou foi o adjunto da Secom, Samy Liberman, que informou que o Presidente da República não me queria mais em sua equipe.

É verdade que o ministro Onyx Lorenzoni interferiu no seu afastamento?

Não sei, mas é o que estão veiculando. E o motivo também me parece absurdo: os conflitos entre o DEM e o governo Yeda Crusius, em 2007! Ou seja, há 12 anos. Seria muita mesquinharia da parte dele.

Você é fundador do PT. Acha que isso contou?

Fui um dos fundadores do PT nacional e local e saí do partido depois da expulsão de três parlamentares que votaram em Tancredo Neves. Tem mais de 30 anos que isso aconteceu. Não posso acreditar que isso tenha influenciado a decisão do presidente da República. Acho que o fato de eu ter sido secretário de Comunicação no governo tucano de Yeda Crusius e, mais ainda, no governo de Rodrigo Rollemberg, podem ter influenciado mais. Mas tudo é possível.

Daria para fazer um bom trabalho de comunicação na Presidência com tanta influência de bolsonaristas nas redes sociais e com discursos polêmicos do presidente?

Acredito que sim. Sou otimista e tinha a expectativa de poder conduzir o relacionamento com a imprensa de maneira diferente do que vem ocorrendo. Jornalista tem o direito de questionar os atos dos governantes, que devem responder a eles. É assim que a sociedade se informa.

Qual e o grande erro ou falha na comunicação?

O grande erro é imaginar que toda a imprensa está contra esse ou aquele governo. Sempre haverá conflito entre a mídia e os governantes, mas há de se ter limites na condução desse conflito. Sem ofensas e agressões gratuitas de ambos.

E acertos?

O de incensar positivamente os fatos que digam respeito aos interesses da população como, por exemplo, a liberação do FGTS e a antecipação do pagamento de metade do décimo-terceiro salário de aposentados e pensionistas. É a agenda positiva que revela a preocupação do governo em resolver os problemas concretos da população.

Da Redação com informações do Correio

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