Por Raimundo Ribeiro / Kaydher Lasmar*
Trata-se de uma expressão estrangeira que, traduzida para nossa velha língua pátria significa notícia falsa. Porque a mídia tradicional que atua no Brasil induz a utilização da expressão estrangeira não sabemos, mas talvez traduza a subserviência aos interesses estrangeiros, até porque convenhamos, a mídia tradicional apenas atua na defesa de seus interesses, passando longe dos valores nacionais.
Mas essa é outra discussão que merece luz no momento próprio. Se a tradução literal de fake news é notícia falsa, seu significado é mentira em suas várias acepções. É mentira quando se fala meia-verdade (a outra meia é mentira), É mentira quando a notícia é incompleta se omitindo a inteireza dessa informação, enfim a mentira tem múltiplas facetas e está sendo tão utilizada que arrogantemente já pretende se transformar em verdade. É a versão querendo tomar o lugar dos fatos.
Claro que esse vírus contaminou muitos e principalmente as instituições públicas. Muitos utilizam a MENTIRA para transformar versões em libelos, em sentenças, em discursos e em notícias. Óbvio que isso não corria o risco de dar certo e o resultado é o que estamos vivendo atualmente, onde a nação assiste, perplexa e indefesa, ao caos que a cada dia nos empurra para uma convulsão social inimaginável que nos legará muita dor.
Aos responsáveis por este caos, em razão de suas ações ou omissões, imperioso que tenham um surto de lucidez e acionem os freios para interromper seus instintos autoritários e ilegais, se não por ser a coisa certa a fazer, que o façam por instinto de sobrevivência, pois a história da humanidade ensina que as primeiras vítimas do golpe, são os golpistas, e que o poder que almejam não está no ocupante mas no cargo ocupado e a nação já sabe que muitos ocupantes não estão à altura do cargo, mas ao contrário, desonram-nos.
Enfim, ouso dizer que a maioria da nação já divisou aqueles que estão no lugar errado e espera que se corrijam com urgência pois o relógio não para e a paciência se esvai a cada momento que passa. Aliás, muitos a quem nos referimos saem às ruas, se apelidam de analistas e especialistas empunhando a bandeira da democracia, mas não se iludam, pois a “democracia” que defendem é esse estado atual de desigualdades perversas que lhes garantem privilégios odiosos.
Alguns, cegos pela arrogância que os guiou até agora podem até ignorar os sinais, mas não poderão interromper a marcha histórica da sensatez que repudia a hipocrisia e covarde omissão.
Finalizo informando que mais de 30 mil brasileiros já morreram vítimas do Covid-19 e ao invés de continuarem essa guerra de egos inflados e ambições desmedidas, talvez seja uma boa ideia vocês canalizarem suas energias no combate à essa pandemia.
Raimundo Ribeiro – Advogado – OAB/DF 3.971, advogado da União aposentado, foi secretário de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania do DF e deputado distrital por dois mandatos. É colunista semanal do Agenda Capital
Kayder Lasmar: OAB/DF 44.343
(As opiniões dos nossos colunistas não refletem necessariamente a linha editorial do Agenda Capital)