
“Muita coisa é possível e permitida. Assistir a jogos de futebol onde as pessoas torcem juntas é autorizado. Todos nós nos vacinamos e isso não é recompensado”, diz Fleur, um dos organizadores do evento
Por Delmo Menezes
Organizadores de festivais, artistas e pessoas ligadas a cultura, foram às ruas na tarde deste sábado (21/08), em várias cidades da Holanda. Os organizadores estão exigindo que os eventos voltem a acontecer em plena capacidade a partir de 1º de setembro.
Nas ruas de Amsterdam, centenas de pessoas compareceram as ruas com faixas e protestos contra o fechamento de casas norturnas e eventos. “Esta política não é adequada para um metro e meio”, diz um dos organizadores da manifestação.

Somente em Amsterdam, milhares de pessoas participam dos protestos a pé pela cidade. Eles estão exigindo que os eventos sejam permitidos novamente com capacidade total a partir de 1º de setembro.
Fleur, que é um dos organizadores do evento Fleur: “Muita coisa é possível e permitida. Assistir a jogos de futebol onde as pessoas torcem juntas, e festas não são permitidas. Tenho saudades das festas. Todos nós nos vacinamos e isso não é recompensado”, diz Fleur.
Os protestos começaram depois que o primeiro-ministro da Holanda, Mark Rutte, anunciou durante uma coletiva de imprensa na semana passada que as boates e casas noturnas permanecerão fechadas até 1º de novembro. Logo após a entrevista, foi anunciada a marcha com protestos em várias cidades da Holanda neste sábado (21/08), pedidindo a reabertura do setor de eventos.

Thomas Jansz (25 anos) é um dos jovens que estão participando dos protestos. Ele afirma: “A política do governo é inconsistente e prejudica os jovens. Alguns de seus interesses não são possíveis para os jovens. Enquanto os idosos podem fazer o que querem, por exemplo, ir à Fórmula 1 ou a um estádio de futebol.”
Através das redes sociais, a prefeita de Amsterdam, Femke Halsema, pede que as pessoas não venham para Amsterdam: “não venha mais para a manifestação. Tem muita gente na cidade”, escreveu no Twitter.

De acordo com um repórter do Het Parool, os protestos parece não ter fim.
A colunista e pesquisadora social Linda Duys grita ao microfone de um ônibus. “O melhor lugar para se estar é um festival. Você é livre. Os festivais oferecem uma fuga da realidade cotidiana. Temos que perder esse outlet . Isso não é bom para a nossa saúde.”
A polícia de Amsterdam informa que as manifestações são pacíficas. “São alguns milhares de pessoas. As coisas estão indo bem”, disse um policial.
Da Redação do Agenda Capital/Parool