Foto: Gustau Nacarino/Reuters/Arquivo

Charlie Watts, baterista dos Rolling Stones, morreu hoje aos 80 anos de idade em um hospital em Londres, no Reino Unido.

Por Redação*

A informação foi divulgada por seu assessor de imprensa, que não informou o motivo da morte. No início do mês, o músico precisou passar por uma cirurgia, mas só divulgou se tratar de um “procedimento médico não especificado”.

Depois da cirurgia, Charlie anunciou que não participaria da nova turnê dos Rolling Stones nos Estados Unidos: seria a primeira vez que o baterista ficaria de fora de um show da banda desde a sua entrada, em janeiro de 1963.

Ele não era membro fundador dos Stones como Mick Jagger e Keith Richards, mas participou de todos os álbuns de estúdio do grupo. Em 2004, Charlie Watts fez o tratamento para um câncer de garganta.

pic.twitter.com/wi6333F6QF

— The Rolling Stones (@RollingStones) August 24, 2021

“É com imensa tristeza que anunciamos a morte do nosso amado Charlie Watts. Ele faleceu de forma serena hoje mais cedo num hospital em Londres, cercado por sua família”, diz o comunicado de seu assessor divulgado nas redes sociais da banda.

“Charlie foi um marido, pai e avô querido e também um membro dos Rolling Stones, um dos maiores bateristas de sua geração. Gentilmente pedimos que a privacidade de sua família, colegas de banda e amigos próximos seja respeitada neste momento difícil.”

Charlie Watts, Ron Wood, Keith Richards e Mick Jagger, membros do Rolling Stones, aparecem na festa da estreia do filme “Vamos passar a noite juntos”, em Nova York, em 18 de janeiro de 1983 — Foto: AP Photo/Carlos Rene Perez, File

Do jazz ao rock

Charles Robert Watts nasceu em 2 de julho de 1941 em Londres. Fã de jazz, ele tentou tocar banjo antes de se dedicar à bateria.

Watts transformou o banjo que tinha em um instrumento percussivo, antes que ganhasse uma bateria, dada de presente pelo pai. Aprendeu a tocar tentando imitar o som dos músicos de jazz.

Antes de virar músico profissional, trabalhou em uma agência de publicidade, na mesma época em que tocava em várias bandas de jazz amadoras.

Ele entrou para os Stones em janeiro de 1963, mas sem botar muita fé: já disse que quando começaram os ensaios, imaginava que aquilo não duraria mais do que um mês.

Os Rolling Stones se tornaram a maior banda de rock ainda em atividade. O grupo liderou a “Invasão britânica” ao lado dos Beatles.

Diferentemente de seus colegas de banda, o baterista dava poucas entrevistas e não gostava dos holofotes. Tinha estilo preciso de tocar, e jeito discreto de lidar com a fama.

“Tocar bateria era a única coisa que me interessa. O resto me faz passar vergonha”, resumiu em uma entrevista, 20 anos atrás.

Ele se casou com Shirley Ann Shepard, em 1964. Juntos, tiveram uma filha, Seraphina, em 1968, mãe de Charlotte. O músico seguiu também tocando em outros grupos de jazz, sem a mesma exposição dos Stones.

“Com os ensaios começando em algumas semanas, isso é muito decepcionante para dizer o mínimo, mas também é justo afirmar que ninguém previu isso”, afirmou Watts no anúncio feito em agosto.

“Pela primeira vez, meu ritmo tem estado um pouco estranho. Tenho trabalhado duro para estar completamente bem, mas hoje eu devo aceitar os conselhos dos especialistas que isso demorar mais um pouco”, lamentou o músico, que ainda disse não querer que sua recuperação atrasasse a turnê.

“Depois de todo o sofrimento causado pela Covid, eu realmente não quero desapontar os fãs do Stones que já estão com seus ingressos com mais um anúncio de adiamento ou cancelamento. Por isso, pedi para meu grande amigo Steve Jordan para me substituir.”

Em 2004, Watts passou por um tratamento contra o câncer. Na época, Jordan também assumiu o posto do baterista nos shows.

Formado em artes gráficas, Watts começou sua carreira na música tocando bateria nos clubes de R&B, em Londres. Foi lá que conheceu seus companheiros de banda Brian Jones, Mick Jagger e Keith Richards.

Da Redação do Agenda Capital/G1

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here