Ao condenar os atos do dia 8/1, Celina enfatizou que os crimes praticados não representam a direita brasileira
Por Redação
A governadora em exercício do Distrito Federal, Celina Leão (PP), esteve hoje (1º) na Câmara Legislativa para participar da primeira sessão ordinária desta nona legislatura. A presença da governadora deu o tom solene do início dos trabalhos dos 24 deputados distritais eleitos para o período de 2023 a 2026. Em seu discurso aos parlamentares, a governadora em exercício enfatizou a defesa da democracia e do diálogo político e repudiou os atos terroristas cometidos contra as sedes dos três poderes da República, no dia 8 de janeiro.
“Talvez as pessoas tenham desaprendido a conversar, a dialogar institucionalmente, mas isso é necessário. Quando recebemos no Palácio do Buriti um deputado de outro espectro ideológico, a população tem que entender. Assim como o presidente da República reuniu os 27 governadores e o tema da reunião não era ideologia, mas os interesses do Brasil. Não vou me furtar a dialogar institucionalmente com ninguém. A batalha ideológica tem que ser feita no plenário, que é o local institucional para isso”, afirmou Celina.
A governadora também assegurou aos deputados distritais que não haverá dificuldade de diálogo com o governo. “Quero fazer um pacto Legislativo-Executivo, em que o Palácio do Buriti seja um local de diálogo com deputados da base e da oposição. Todos serão recebidos da mesma forma”, prometeu.

Recondução de Ibaneis
Por fim, Celina declarou acreditar que o governador afastado do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), será reconduzido ao cargo. “Tenho expectativa do retorno em breve do governador Ibaneis ao GDF. Tanto é que continuo atendendo no gabinete de vice-governadora. Sou uma vice que agrega, que ajuda e que é leal”, enfatizou.
Presidência, vice e relatoria da CPI serão definidos nesta quinta-feira (2)
Os sete membros titulares e suplentes da Comissão Parlamentar de Inquérito para apurar os atos antidemocráticos ocorridos em Brasília nos dias 12 de dezembro de 2022 e 8 de janeiro passado foram publicados no Diário da Câmara Legislativa nesta quarta-feira (1°). A expectativa era instalar ainda hoje a CPI, com a eleição do presidente e vice, e a indicação da relatoria. Sem acordo, contudo, a definição dos nomes para esses cargos-chave deverá acontecer em reunião amanhã (2), a partir das 14h30, com transmissão ao vivo pela TV Câmara Distrital.
Conforme definido pelos blocos e partidos com representação na Casa, a comissão será integrada pelos seguintes distritais:
Bloco “A Força da Família” (Agir, PP, Avante, Cidadania, PMN)
- Jaqueline Silva (sem partido) – titular
- Paula Belmonte (Cidadania) – suplente
- Pastor Daniel de Castro (PP) – titular
- Pepa (PP) – suplente
Bloco “União Democrática” (PSD, União, Republicanos)
- Robério Negreiros (PSD) – titular
- Martins Machado (Republicanos) – suplente.
MDB
- Hermeto (MDB) – titular
- Iolando (MDB) – suplente
PL
- Joaquim Roriz Neto (PL) – titular
- Roosevelt Vilela (PL) – suplente
- PT
- Chico Vigilante (PT) – titular
- Gabriel Magno (PT) – suplente
PSOL/PSB
- Fábio Felix (PSOL) – titular
- Dayse Amarilio (PSB) – suplente.

A deputada Paula Belmonte (Cidadania) defendeu as forças de segurança pública do Distrito Federal: “Tivemos infelicidade no dia 8 de janeiro, mas nossa força de segurança é competente e merece todo o apoio da nossa população”. A distrital se declarou “totalmente contra qualquer tipo de incentivo para a criação de uma Guarda Nacional”.
Também na sessão desta tarde, o deputado Gabriel Magno (PT) anunciou ter apresentado um projeto de lei instituindo 8 de janeiro como o Dia de Defesa da Memória da Democracia. A data, segundo a proposta, passaria a integrar o Calendário Oficial do DF.
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Da Redação do Agenda Capital / Ag. CLDF