O Corregedoria Day tem o objetivo de combater, de todas as formas, o assédio, o abuso de poder e a indiferença, criando um ambiente de boa convivência e respeito
Por Redação
Nesta quinta-feira, 2 de maio, data em que se comemora o Dia Nacional da Ética, o Tribunal de Contas do Distrito Federal sediou o Corregedoria Day, evento que buscou sensibilizar e mobilizar servidores do DF para combater a ocorrência de assédio moral e sexual no local de trabalho. “O Corregedoria Day tem o objetivo de combater, de todas as formas, o assédio, o abuso de poder e a indiferença, criando um ambiente de boa convivência e respeito”, destacou Conselheiro Manoel de Andrade, que é corregedor do TCDF.
Durante o Corregedoria Day, a agente da Polícia Civil do DF e mentora de mulheres Janaína Freire explicou como agir em caso de assédio. “Reúna o máximo de provas documentais e testemunhais; anote informações importantes como dia, horário e local; faça denúncias à ouvidoria da sua instituição, ao Ministério Público do Trabalho, ao sindicato; registre um boletim de ocorrência; e procure ajuda psicológica”, explicou. Ela complementou falando sobre como criar uma cultura de respeito no ambiente organizacional. “Comunique-se de forma respeitosa; escute o que a outra pessoa tem a dizer e respeite opiniões diferentes; procure incluir a equipe nas atividades e decisões importantes; evite conversa ou brincadeiras que possam ser inapropriadas, fofocas e a disseminação de informações falsas”, concluiu.
Já a advogada e cientista política Monique Furtado falou sobre a necessidade de criar uma cultura onde se ensine a regular as emoções. “É difícil não ter alguém que já passou por uma situação hostil dentro do trabalho porque, quando a gente fala de assédio, a gente está falando de relações interpessoais. E, onde tem pessoas, tem emoções e conflitos, mas não somos educados a lidar com isso”, ressaltou.
Em sua palestra, a presidente da Comissão da Mulher Advogada da OAB/DF, Nildete Santana de Oliveira, falou sobre os danos individuais, institucionais e sociais da ocorrência de assédio moral e sexual no ambiente de trabalho. “Os danos para o trabalhador podem ser psicológicos e físicos. A imagem da instituição também pode ser manchada a partir dessa prática. E o dano social é que essas vítimas, muitas vezes, precisam ser afastadas e quem vai pagar por isso é a previdência. E a previdência é custeada por todos nós”, explicou.
Idealizado pelo Instituto Rui Barbosa (IRB) e pela Corregedoria do TCDF, com apoio da Escola de Contas (Escon) e da Assessoria de Comunicação (Ascom) do Tribunal do Tribunal, encontro também promoveu mesas redondas com as participações da corregedora do Ministério Público junto ao TCDF (MPjTCDF), procuradora Claudia Fernanda de Oliveira Pereira, e dos corregedores da Procuradoria-Geral do DF (PGDF), Giulliano Caçula Mendes; da Defensoria Pública do DF (DPDF), Juliana Leandra de Lima Lopes; da Polícia Civil do DF (PCDF), Ecimar Loli; e da Polícia Militar do DF (PMDF), Leonardo Siqueira. Os debates foram mediados pelo corregedor do TCDF, Conselheiro Manoel de Andrade. O presidente da Associação dos Servidores do TCDF (Assecon), Mikhail Eirado, também participou das discussões.
Também estiveram presentes o procurador-geral do MPjTCDF, Demóstenes Albuquerque, o conselheiro-substituto do TCDF Vinícius Fragoso, e o procurador do MPjTCDF Marcos Felipe Lima.
A corregedora do MPjTCDF ressaltou que as denúncias feitas às Corregedorias dos órgãos públicos devem conter riqueza de detalhes. “A gente aconselha e pede que vocês observem isso. O nome do assediador também é muito importante e isso vai ser tratado com toda ética, com todo sigilo e todo acolhimento que é necessário”, reforçou a procuradora Claudia Fernanda.
Durante o evento, a equipe da Corregedoria apresentou as formas de denunciar casos de desvio de conduta no TCDF: presencialmente; pelo e-mail [email protected]; e pelos telefones (61) 3314-2973, 3314-2942 e 3314-2943. Também foi divulgada a “Cartilha de Conscientização e Combate aos Assédios Moral e Sexual nos Tribunais de Contas”. A publicação, produzida pelo Comitê Técnico de Corregedorias, Ouvidorias e Controle Social do IRB, busca ampliar a discussão sobre assédio moral e sexual, além de informar, conscientizar e fortalecer as estratégias de prevenção no âmbito dos Tribunais de Contas brasileiros.
Acesse a Cartilha de Conscientização e Combate aos Assédios Moral e Sexual nos Tribunais de Contas por meio do link:
Da Redação com informações do TCDF