O registro é a autorização para que o imunizante seja utilizado de forma permanente e em toda a população brasileira
Por Redação
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) informou nesta sexta-feira (12), que concedeu o registro definitivo à vacina contra covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford e a farmacêutica AstraZeneca, com uma etapa de fabricação no Brasil pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz).
Após as análises, a Anvisa constatou que a eficácia global da vacina é de 70,42%. No Brasil, a porcentagem é de 64,2% — mas o índice levado em conta é o global. O imunizante é aplicado em duas doses, com intervalo de 12 semanas. Ele poderá ser aplicado em indivíduos maiores de 18 anos de idade, e tem prazo de validade de 6 meses.
A Anvisa pediu que o laboratório envie, até junho de 2021, pesquisas sobre a eficácia da vacina contra a variante P.1 do coronavírus, que surgiu em Manaus, Amazonas.
Trata-se da segunda vacina contra a covid-19 a obter o registro definitivo – a primeira foi a da Pfizer.
O registro é a autorização para que o imunizante seja utilizado de forma permanente e em toda a população brasileira. Até o momento, a vacina da AstraZeneca tinha autorização para uso emergencial, assim como a CoronaVac, produzida pelo Instituto Butantan.
A Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) entrou com o pedido de registro definitivo da vacina no dia 29 de janeiro.
O anúncio da Anvisa ocorre um dia após uma série de países suspender o uso do imunizante para se certificarem de que elas não têm ligação com efeitos colaterais mais graves.

Durante apresentação hoje, o gerente-geral de Medicamentos e Produtos Biológicos da Anvisa, Gustavo Mendes, disse que “a conclusão é de que os benefícios superam os riscos”.
“Dados dão suporte para o registro do produto. Não vislumbra risco para população. Então, recomendação é seguir para o registro”, acrescentou.
Registro de medicamento
O gerente-geral da Agência, Gustavo Mendes informou também que a Anvisa concedeu o primeiro registro para um medicamento com uso indicado em bula para tratamento da covid-19, o remdesivir, da farmacêutica Gilead.
Em outubro do ano passado, a FDA (agência reguladora de medicamentos dos Estados Unidos) deu plena autorização ao remdesivir para ser usado no tratamento de pacientes hospitalizados com covid-19.
No mês, seguinte, no entanto, a OMS (Organização Mundial da Saúde) divulgou nota em que se posicionou contra o uso do antiviral no tratamento de pacientes internados com covid-19.
Em um artigo publicado no British Medical Journal, um painel de especialistas da organização afirma que o uso do remédio não é recomendado pois não há evidência de que ele aumente a chance de sobrevivência ou diminua o risco de ventilação mecânica.
Da Redação do Agenda Capital e UOL