O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ministro do STF Alexandre de Moraes / Crédito: Antonio Augusto/Secom/TSE

Diante desse cenário, o ex-presidente e seu grupo político avaliam realizar um giro internacional para denunciar o que consideram um julgamento excepcional

Por Redação

O entorno do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) acredita que seu julgamento será concluído até setembro, o que poderia resultar em sua prisão ainda em 2025. A rapidez dos procedimentos no Supremo Tribunal Federal (STF) tem sido classificada por aliados do ex-mandatário como um “massacre” e um “rito a jato”.

Nos bastidores, interlocutores de Bolsonaro afirmam que já esperavam celeridade no processo, mas não com a intensidade que está sendo conduzido. Como exemplo do que consideram um “atropelo do rito”, apontam:

  1. A citação de Bolsonaro ocorreu poucas horas após a apresentação da denúncia pela Procuradoria-Geral da República (PGR);
  2. O ministro Alexandre de Moraes liberou o caso para julgamento no mesmo dia em que a PGR devolveu os autos;
  3. O ministro Cristiano Zanin rapidamente agendou a análise da aceitação da denúncia.

Aliados de Bolsonaro comparam a situação ao julgamento do Mensalão, que levou sete anos entre a denúncia, feita em 2007, e a conclusão do julgamento em 2014. No caso do ex-presidente, a expectativa é que o desfecho ocorra em apenas oito meses, desde sua denúncia em fevereiro deste ano.

Diante desse cenário, Bolsonaro e seu grupo político avaliam realizar um giro internacional para denunciar o que consideram um julgamento excepcional. A estratégia seria semelhante à adotada pela defesa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante a Operação Lava Jato, quando seu então advogado Cristiano Zanin levou o caso ao Comitê de Direitos Humanos da ONU.

A rapidez do processo também levanta preocupações entre aliados sobre o risco de convulsão social. O governo Lula enfrenta um período de baixa popularidade, e pesquisas recentes indicam que Bolsonaro lidera as intenções de voto para 2026.

Nesse contexto, aliados do ex-presidente articulam nos bastidores a aprovação de uma anistia não apenas para os investigados pelos atos de 8 de janeiro, mas também para o próprio Bolsonaro. Para seu entorno, o STF estaria ignorando um possível clamor social contra a celeridade do julgamento e seus desdobramentos políticos.

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Da Redação do Agenda Capital

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