Por Dr. Cid Carvalhaes*

Termina, oficialmente, o Carnaval 2025. Continua em alguns lugares e com blocos resistentes ao seu fim. Vem ai o desfie das campeãs.

A origem do Carnaval remonta de muito tempo, não se conhecendo a época, com exatidão. Preceitos bíblicos referem a prováveis diversôes antecedendo a quaresma, hoje iniciada. No Brasil, há fortes indícios de ter sido introduzido pelos portugueses, como manifestações de extravasamentos alegóricos antes das reflexões religiosas em razão da Paixão e Morte de Cristo.

Manifestações públicas surgiram com saídas dos escravos pelas ruas, “atirando” nos transeuntes, bolinhas líquidas perfumadas. Às vezes, nem tanto. Essas saídas ficaram conhecidas como enduro, discriminadas pela elite por serem manifestações de escravos.

Posteriormente, surgiram os Corsos, recheados com automóveis enfeitados, precursores dos carros alegóricos e trios elétricos de hoje. Chiquinha Gonzaga, há mais de um século, primeira mulher a liderar Corsos, grande compositora, também imortalizada pela bela marchinha “Oh abre alas que quero passar …” introduziu os blocos, atualmente com gigantescas participações populares.

Antigos bailes de carnaval, concursos de luxuosas fantasias, cederam lugares para desfiles de Escolas de Samba espalhadas pelo Brasil afora, com destaques para São Paulo e Rio de Janeiro.

De fato, o Carnaval brasileiro se transformou numa grande e importante indústria, altos investimentos financeiros, lucros de inúmeros setores, mantendo sua tradição de festa popular.

Ressalte-se, recolhimento de muitos, retiros espirituais de outros tantos, pequenas férias para outrem. Ainda, há que se tomar em conta reflexos, mais ou menos intensos, da quaresma. Cristãos espalhados pelo mundo se envolvem em introspecções neste período do ano.

Da 4a. feira de Cinzas ao Domingo de Páscoa inciativas religiosas se fazem sentir. A Semana Santa continua sendo de referências, pensamentos e homenagens a Jesus Cristo. Encenações sobre a Paixão e Morte se fazem relevantes.

Analisando, ainda que de forma superficial, todo este contexto, é importante desejar a todos bons pensamentos na quaresma, encarar com acolhimento a Campanha da Fraternidade e que tenhamos todos excelente Carnaval em 2026.

*Dr. Cid Célio Jayme Carvalhaes – Médico neurocirurgião, advogado e escritor. Foi Presidente da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia, Presidente do Conselho Deliberativo da SBN, Presidente do Sindicato dos Médicos de São Paulo e Presidente da Federação Nacional dos Médicos. Especialista no Direito Médico e da Saúde e Coordenador do Curso de Pós-Graduação em Direito da Escola Paulista de Direito. É Colunista do Agenda Capital.

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