Vice-presidente da CLDF, deputado distrital Ricardo Vale (PT).

Proposta do Deputado Distrital Ricardo Vale (PT) prevê que os criminosos arquem com os custos dos atendimentos às mulheres vítimas de violência

Por Redação

A Câmara Legislativa do DF (CLDF) avança na repressão ao machismo. O projeto de lei do deputado Ricardo Vale, que manda cobra dos criminosos os custos mobilizados pelo poder público para atender as ocorrências de violência contra a mulher, foi aprovado, em segundo turno, nesta quarta-feira (14), em sessão ordinária. Agora, a proposta segue para sanção e a expectativa é de que a responsabilização financeira ajude a coibir os crimes dessa natureza.

O PL nº 159/2023, institui mecanismo para coibição da violência contra a mulher. De acordo com a proposta, os agressores poderão pagar multas entre R$ 500 e R$ 500 mil para cobrir os gastos que vão do deslocamento das equipes de segurança, até a oferta de serviços de assistência social e consultoria jurídica, muitas vezes necessários para que a mulher consiga romper o ciclo de abusos. O cálculo vai considerar a gravidade da agressão e a capacidade econômica do envolvido. Além disso, o texto prevê o aumento da punição, em ⅔, quando houver o uso de arma de fogo e o dobro da multa para reincidentes.

Segundo o distrital Ricardo Vale (PT), “o Projeto que foi aprovado na CLDF, vai mexer no bolso dos infratores, e somar esforços no sentido de proteger as mulheres contra qualquer tipo de violência”, pontua.

Em 2022, o Distrito Federal registrou 18 casos de feminicídio, 16.949 registros de violência doméstica e 763 crimes de natureza sexual. Nos três primeiros meses deste ano, foram 7 feminicídios contabilizados, sendo que outros estão em apuração. O número acende o alerta para a ameaça no aumento dos crimes contra a mulher na capital brasileira e desafia as autoridades que precisam diversificar a oferta de respostas para a proteção das mulheres.

Isso, além do custo social e familiar para as vítimas, tem um alto custo para a sociedade. Cabe ao agressor e não à sociedade pagar pela sua violência contra as mulheres. A lei vai somar esforços na rede de proteção feminina, que sofre com consequências do machismo.

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Da Redação do Agenda Capital e Assessoria

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