Odebrecht.Nesta sexta-feira (09), a imprensa teve acesso aos nomes, os apelidos e quanto cada político recebeu da empreiteira Odebrecht, segundo a delação do executivo e ex-vice-presidente, Cláudio Melo Filho.

A delação de Cláudio Melo Filho, atingiu em cheio toda a cúpula do governo. A empreiteira Odebrecht alega que fez pagamentos a diversos parlamentares, a fim de que cuidasse dos interesses da empresa no Congresso Nacional. A delação do executivo da empreiteira, é a primeira de uma série de 80 delações de executivos e ex-executivos da empresa que assinaram acordos individualmente.

Importante ressaltar que todos estes depoimentos, terão que ser homologados pelo ministro do STF, Teori Zavascki para ter efeito legal. As apostas no Supremo são de que a delação da Odebrecht só deve ser homologada pelo ministro, relator da Operação Lava Jato, em fevereiro ou março do ano que vem. O ministro pode, inclusive, rejeitar alguns acordos.

Na lista da empresa, a Odebrecht usava uma série de codinomes para identificar deputados, senadores e demais autoridades, na hora de realizar pagamentos, conforme depoimento do executivo Cláudio Melo Filho. Conheça alguns desses apelidos:

Senado

Romero-jucá2Caju, usado para identificar Romero Jucá (PMDB-RR).

Renan-calheiros6Justiça, segundo o delator, seria o presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-CE).

Eunício-Oliveira7Índio, se referia ao senador Eunício Oliveira (PMDB-CE).

Cerrado, Pequi e Helicóptero, são codinomes que constam na delação como sendo do senador Ciro Nogueira (PP-PI), que teria sido beneficiado com R$ 1,6 milhões.

Pino ou Gripado, seria o codinome referente ao senador José Agripino Maia (DEM-RN). Na lista da Odebrecht, aparece como sendo beneficiário de R$ 1 milhão que lhe teriam sido destinados pela empreiteira após pedidos de Aécio Neves. O senador Agripino diz que desconhece a delação.

Ministros

Moreira-franco3Angorá, é o apelido dado a Moreira Franco (PMDB-RJ), secretário executivo do Programa de Parcerias de Investimento (PPI).
Primo, aparece nas planilhas da Odebrecht como sendo do ministro Eliseu Padilha (PMDB-SP, ministro Chefe da Casa Civil.

Babel, seria o apelido dado ao ex-ministro da Secretaria de Governo, Geddel Viera Lima, ( PMDB-BA), que foi exonerado recentemente, acusado de fazer pressão para liberar obra em Salvador- Bahia.

Deputados e outras autoridades

Bitelo, apelido dado ao deputado Lúcio Viera Lima (PMDB-BA), irmão de Geddel. Na delação, é dito que ele, para não atrapalhar a aprovação de uma medida provisória de interesse da Odebrecht, recebeu entre R$ 1 milhão a R$ 1,5 milhão.

Caranguejo, seria o codinome de Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O delator afirma que a empresa aprovou pagamentos de R$ 7 milhões para o ex-deputado.

Polo, outro nome que figura na lista da Odebrecht, que segundo o delator refere-se ao ex-governador da Bahia, Jacques Wagner (PT-BA).

Ferrari, apelido dado ao ex-senador Delcídio do Amaral (ex-PT-MS). Segundo o delator da empreiteira, logo após aprovação de um projeto no Senado, Delcídio reclamou que estava recebendo pouca atenção da empresa. Na planilha da empresa consta uma doação de R$ 500 mil.

Rodrigo-maia.5Botafogo, de acordo com o delator, apelido dado ao deputado e presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ). De acordo com o executivo da Odebrecht, consta um repasse de R$ 100 mil ao parlamentar.

Todo Feio, codinome referente ao ex-deputado federal Inaldo Leitão, que teria recebido R$ 100 mil da Odebrecht.

Corredor, segundo o delator, este seria o apelido dado ao prefeito eleito de Ribeirão Preto, Duarte Nogueira (PSDB-SP). No sistema que a Odebrecht usava para controlar pagamentos não contabilizados, aparece como beneficiário de R$ 350 mil.

Gremista, apelido dado a Marco Maia, também citado na delação.

Misericórdia, codinome dado ao deputado federal Antonio Brito, que teria recebido da empreiteira a quantia de R$ 100 mil

Heraclito-fortes.8Boca Mole, segundo o delator, seria o codinome do deputado Heráclito Fortes.

Kimono, apelido citado pelo delator como sendo do então senador Arthur Virgílio.

Missa, codinome referente a José Carlos Aleluia, que segundo o executivo da Odebrecht, teria recebido da empreiteira o valor de R$ 300 mil.

Feia, apelido referente a Lídice da Mata. Na planilha da empresa consta o valor de R$ 200 mil.

Velhinho, codinome dado ao vice-governador do Rio de Janeiro, Francisco Dornelles. Consta na planilha da Odebrecht, o valor de R$ 200 mil.

Da Redação

Delmo Menezes
Gestor público, jornalista, secretário executivo, teólogo e especialista em relações institucionais. Observador atento da política local e nacional, com experiência e participação política.

1 COMENTÁRIO

  1. É uma vergonha, a população teria que dar o castigo para esse bando de ladrões e nunca mais votar nesse bando de políticos bandidos e criminosos, é a única forma de punição, tirar o mandato através do voto.

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