
Programa oferece formação em construção civil e reserva vagas para população em vulnerabilidade; ações do GDF demonstram impacto positivo, segundo Censo Distrital
Por Delmo Menezes
O Renova DF, programa do Governo do Distrito Federal (GDF) que oferece capacitação profissional na área da construção civil para pessoas em situação de vulnerabilidade, já formou 727 pessoas em situação de rua desde sua criação, em 2021. Desse total, 504 concluíram o curso apenas nos últimos 12 meses (de junho de 2024 a maio de 2025), e 48 foram inseridos no mercado de trabalho.
Os dados foram divulgados após a publicação do 2º Censo Distrital da População em Situação de Rua, realizado pelo Instituto de Pesquisa e Estatística do DF (IPEDF), que apontou a existência de 3.521 pessoas vivendo nas ruas na capital. O levantamento é fundamental para direcionar políticas públicas eficazes, como o Renova DF, que reserva 10% das vagas para essa população.
Além da formação, os participantes recebem bolsa-auxílio durante o curso e aplicam os conhecimentos na reforma de equipamentos públicos. A iniciativa é coordenada pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda (Sedet-DF) e integra um conjunto de ações do GDF para promover inclusão e autonomia.
Oportunidades e Reinserção no Mercado de Trabalho
Gustavo Rocha, secretário-chefe da Casa Civil, destacou que o programa é uma das estratégias do governo para garantir dignidade e oportunidades a essa população. “Investir em capacitação profissional é uma forma concreta de oferecer não apenas a saída das ruas, mas também a chance de reconstruir a vida com autonomia”, afirmou.
O censo também revelou que 63% das pessoas em situação de rua no DF nasceram em outros estados, sendo que 42,9% vieram em busca de emprego. Thales Mendes, secretário de Desenvolvimento Econômico, ressaltou que o Renova DF tem sido uma porta de recomeço: “Cada vaga preenchida representa superação, inclusão e cidadania”.

Políticas públicas e ações de acolhimento
Além do Renova DF, o GDF implementou outras medidas, como a nomeação de 15 pessoas em situação de rua para cargos públicos em setembro de 2024, distribuídas entre as secretarias de Justiça e Cidadania, Desenvolvimento Social e Desenvolvimento Econômico.
O Distrito Federal também foi o primeiro a apresentar um plano de ação após a suspensão das abordagens compulsórias pela Suprema Corte. Desde maio de 2024, o Plano de Ação para a População em Situação de Rua realiza atendimentos semanais em regiões como Plano Piloto, Taguatinga, Ceilândia e Águas Claras, oferecendo assistência social e encaminhamento para serviços públicos.
Ana Paula Marra, secretária de Desenvolvimento Social (Sedes), reforçou a importância do trabalho integrado: “Elas são abordadas, atendidas, qualificadas e empregadas. Isso é entregar dignidade”.
Gustavo Rocha destacou ainda que o crescimento da população em situação de rua no DF foi menor que em outros estados, indicando a efetividade das políticas públicas adotadas. “Os resultados mostram que estamos no caminho certo”, concluiu.
Com iniciativas como o Renova DF e o Plano Distrital, o GDF busca não apenas reduzir a vulnerabilidade social, mas também oferecer oportunidades reais de recomeço para quem mais precisa.
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Da Redação do Agenda Capital