Por Dr. Cid Carvalhaes*
Disse Fernando Pessoa: “Todas as cartas de amor são Ridículas”. Revi o conceito de ridículo, risível, irrisório, insignificante. Introspectando sentimentos, destaca-se entre eles, com vantagens, o AMOR.
Expressar este nobre sentimento com gestos, ações, palavras, canções, poemas, crônicas, sonetos, cartões e, sobretudo, CARTAS, é a essência do sublime, postura clássica daqueles desprendidos, capazes de direcionar a alguém seu mais puro sentimento de bem querer.
São diversas e distintas formas de amar. De pais para filhos e vice-versa, nos entrelaços familiares, aos amigos verdadeiros, a alguns bens materiais e/ou imateriais, a cultura, literatura, aventura, artes múltiplas, enfim, a criatura.
Enfoca-se o amor, em sua forma inexplicável de preferência direcionada a um outro. Sobressai, também, o amor carnal, apelo sexual, independente de opções.
Ora, explicar o inexplicável é tarefa hercúlea, difícil, ou mesmo impossível, em explanações lógicas. Prevalece o ilógico, este sim, afigura-se como possibilidades de ser ridículo.
A essência do amor é de nobreza incondicional, expressa-la, constitue tarefa desafiadora. Em que pese minha admiração e respeito ao grande Fernando Pessoa com seus homônimos e heterónimos, dele ouso divergir.
Expressar o AMOR é forma engrandecedora do sublime. É dizer tudo em palavras com absoluto e ensurdecedor silêncio, é doar-se plenamente.
Reverências ao Amor💘
*Dr. Cid Célio Jayme Carvalhaes – Médico neurocirurgião, advogado e escritor. Foi Presidente da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia, Presidente do Conselho Deliberativo da SBN, Presidente do Sindicato dos Médicos de São Paulo e Presidente da Federação Nacional dos Médicos. Especialista no Direito Médico e da Saúde e Coordenador do Curso de Pós-Graduação em Direito da Escola Paulista de Direito. É Colunista do Agenda Capital.