O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT), ex-ministro da Defesa do governo Dilma Rousseff, confirmou que Múcio já aceitou permanecer no cargo até o final de 2025
Por Redação
A reforma ministerial do governo Lula começou nesta sexta-feira (31) com um movimento contrário às expectativas: a permanência de José Múcio Monteiro no cargo de ministro da Defesa. Após manifestar desejo de deixar a função, Múcio deverá atender apelo do presidente e deverá continuar no governo até o final de 2025. AS informações foram divulgas pelo colunista Ricardo Noblat.
Múcio havia comunicado a Lula, ainda em dezembro, sua intenção de se afastar da vida pública. Aos 76 anos, o ministro alegou estar cansado e sob pressão da família para que se dedicasse mais à esposa e aos filhos. “Estou cumprindo aviso prévio”, chegou a declaração aos amigos e à governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB), durante um evento.
Apesar da longa amizade entre os dois, Múcio acredita que já havia cumprido seu papel no cargo. No entanto, Lula insistiu para que ele permanecesse, destacando seu bom relacionamento com os militares e o papel fundamental desempenhado desde que assumiu a pasta, especialmente na pacificação das Forças Armadas após os eventos de 8 de janeiro de 2023. “A democracia ainda corre riscos”, teria dito Lula na tentativa de convencê-lo.
Após um período de férias em Recife, o ministro retornou a Brasília decidiu sair, mas a decisão final foi selada na manhã desta sexta-feira, quando Lula, mais uma vez, pediu que ele ficasse. E Múcio disse sim.
O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT), ex-ministro da Defesa do governo Dilma Rousseff, confirmou que Múcio já aceitou permanecer no cargo até o final de 2025. Um aliado do próximo ministro das notícias que ele justificou sua escolha de forma sucinta: “Não posso deixar Lula em um momento tão difícil”.
A decisão encerra qualquer especulação sobre mudanças no Comando da Defesa e reforça a confiança do presidente na condução de Múcio à frente da pasta.
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Da Redação do Agenda Capital
