No próximo pleito, o Brasil vai às urnas mais exigente e menos tolerante com o despreparo dos candidatos

Por Delmo Menezes*

Em 2026, o Brasil vivenciará mais uma eleição. Os eleitores irão às urnas para escolher deputados estaduais, distritais, federais, senadores, governadores e o próximo presidente da República. Embora alguns candidatos tentem repetir estratégias de eleições passadas, a realidade mostra que cada pleito tem suas particularidades e exige um novo olhar — principalmente por parte dos políticos que pretendem continuar relevantes no cenário eleitoral.

As estatísticas são claras: não existe eleição ganha de forma antecipada. E, mais do que isso, não existe eleição igual à anterior. O eleitorado está mais crítico, atento, e especialmente em 2026, a presença de jovens eleitores familiarizados com Inteligência Artificial (IA) promete mudar ainda mais a dinâmica da campanha. Esses novos eleitores não se impressionam facilmente com discursos prontos ou velhas promessas. Eles exigem autenticidade, inovação e preparo técnico dos seus representantes.

Curiosamente, ainda existem candidatos que rejeitam o apoio de assessores técnicos sob o pretexto de que “técnico não dá voto”. Esse tipo de pensamento ultrapassado tem contribuído para a queda de desempenho político de muitos nomes conhecidos. A ausência de bons projetos e de profissionais qualificados ao redor de um político não apenas compromete sua atuação, como também evidencia despreparo diante de um eleitorado cada vez mais exigente.

Para quem insiste em manter posturas antiquadas, o resultado pode ser desastroso. A soberba, a má assessoria, as alianças equivocadas e a recusa em se adaptar ao novo cenário podem decretar o fim da carreira política de muitos. A história recente está repleta de exemplos de governantes e parlamentares que foram retirados do poder por corrupção, omissão, falta de planejamento ou puro descaso com a vontade popular.

Os eleitores de 2026 não querem candidatos “robotizados”, mas também não aceitam mais aventureiros despreparados. Eles buscam representantes humanos, empáticos, conectados com a realidade e capazes de propor e executar políticas públicas eficazes. A tecnologia será uma aliada, mas não substituirá a sensibilidade e o compromisso com o coletivo.

O tempo ainda permite uma reavaliação. Aqueles que desejam se manter competitivos precisam ajustar suas rotas, modernizar suas estratégias e, acima de tudo, reconectar-se com a população. O Brasil que vai às urnas em 2026 é diferente, e quem não entender isso poderá assistir, da arquibancada, a vitória dos que souberam evoluir.

Em política, como bem diz o ditado, cada eleição é uma eleição — e o eleitor já não é mais o mesmo.

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*Delmo Menezes – Gestor público, jornalista, teólogo, especialista em relações institucionais, com experiência na área pública e privada. Editor-Chefe do portal de notícias Agenda Capital.

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