Por Delmo Menezes
O Delegado de Polícia Civil do DF e jornalista Miguel Lucena, lançou na noite desta quinta-feira (21) no badalado restaurante Carpe Diem, o seu livro Desembestados-descontrole da criminalidade.
O livro retrata a criminalidade de forma bem original é lúdica, absorvendo muito da sabedoria nordestina, recheada com valores e princípios de honradez e retidão de caráter, como prefaciou o escritor e jornalista Nelson Valente.

O escritor relata que no Brasil, o bandido para ser perdoado, basta chorar. Quem não demonstra sentimentos em público passa a ser visto com desconfiança. Essa é uma característica do sentimentalismo brasileiro, como, de resto, ocorre em várias partes do mundo. Aqui segundo Lucena, é mais acentuado.
Lucena acredita que não há inocentes neste cenário de criminalidade e por isso intitula os responsáveis pelos atos ilegais como pertencentes a uma geração sem referência de autoridade, os desembestados.

Para o jornalista, delegado e escritor, o Serviço Único de Saúde (SUS) é um caos, mas especialistas insistem em dizer que ele é uma referência para o mundo, embora tenham plano de saúde e não precisem ficar um mês com o braço quebrado esperando uma cirurgia”.
Veja algumas passagens do livro:
“Assim como a seca é o inverno dos ladrões, a pobreza é a fartura dos mais espertos. Muita gente boa tem enriquecido à custa da miséria alheia”.
“Os partidos mais ideológicos são formados por militantes da classe média radicalizada, gente cheia de não-me-toques e explicação para tudo, que nunca soube a falta que um ovo faz numa marmita”.
“O serviço público virou uma grande vaca leiteira com mais bezerros do que tetas, tendo de suprir, com emprego e salários, o que o mercado fraco e o desenvolvimento acanhado não propiciaram”.
“O corrupto desvia a merenda escolar, a comida dos presos, os remédios dos hospitais, os recursos do saneamento básico, a tornozeleira eletrônica, o Bolsa-Família, o dinheiro das obras e da segurança pública, mas diz que caiu em tentação e pede a Deus para livrá-lo de todo mal, amém!”
“A briga entre “coxinhas/nutelas” e “mortadelas” revela a superficialidade dos conceitos atuais sobre a importância e da conduta do ser humano”.
“O delinquente não é o coitado, fraco e oprimido imaginado pelos socialistas utópicos. Ele se acha forte, poderoso e superior aos demais, sobretudo se estiver com um revólver na mão”
Da Redação do Agenda Capital