O livro “Foi Só Um Tiro” de Wílon Wander Lopes resgata capítulo sombrio da história da UNB durante a ditadura militar

Por Delmo Menezes

Escrito pelo advogado, jornalista e escritor Wílon Wander Lopes, a obra revisita a desastrada invasão militar ocorrida em 29 de agosto de 1968, na Universidade de Brasília (UNB).

Com base em registros históricos e contribuições de diversos autores, Wílon Wander Lopes busca, nesta publicação coletiva, resgatar o impacto daquele dia. O episódio, que ganhou repercussão nacional e internacional, evidenciou a truculência da ditadura militar ao intervir em um espaço dedicado ao conhecimento e à formação acadêmica. Entre as vozes críticas estava a de militares que tinham filhos estudando na UNB, refletindo a contradição do regime.

O prefácio do livro foi escrito pelo renomado magistrado e ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), José Paulo Sepúlveda Pertence, que destacou o significado da UNB como símbolo da luta pelo conhecimento e pela dignidade profissional. Ele relembra a oposição enfrentada pela universidade na sua criação, em plena ditadura: “Os mandões da época temiam que a UNB se transformasse em focos de bagunça e encrencas que prejudicavam o trabalho federal. Era o medo de ver a educação superior se transformar em resistência ao autoritarismo”, afirmou.

A violenta invasão da Universidade de Brasília (UnB) em 1968 em meio ao autoritarismo e à repressão do regime, se tornou um símbolo de resistência e liberdade, o que a tornou alvo de constantes ataques. Através de uma pesquisa minuciosa e de depoimentos de testemunhas, o autor nos apresenta um relato detalhado desse episódio, revelando a violência e a arbitrariedade com que os estudantes foram reprimidos.

Wílon Wander Lopes, autor do livro “FOI SÓ UM TIRO”. Foto: Delmo Menezes / Agenda Capital.

O autor

Wílon Wander Lopes, natural de Caratinga (MG), chegou a Brasília em 1959 e testemunhou de perto os primeiros passos da nova capital e de sua universidade. Como estudante de Direito na UNB, ocupou o cargo de presidente interino da FEUB, sendo, portanto, uma testemunha direta do clima de tensão que permeava a comunidade acadêmica na época.

Ao longo de sua trajetória, WÍlon Lopes consolidou uma carreira multifacetada. Além de advogado e empresário de comunicação, é uma figura ativa em Brasília. Fundador de diversas organizações, incluindo o Jornal Satélite, ocupa cadeiras na Academia de Letras de Brasília e na Academia de Letras de Taguatinga.

Interessados em adquirir o livro: (61) 99975-2121.

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Da Redação do Agenda Capital

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