Os atendimentos no Ambulatório de Fisioterapia Neurofuncional ocorrem nas segundas-feiras, durante a tarde, e nas terças e sextas, o dia todo.
Por Redação
O Ambulatório de Fisioterapia Neurofuncional do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) tem sido um ponto de luz para pacientes enfrentando sequelas graves de acidentes vasculares cerebrais (AVC), doenças neurodegenerativas e outros quadros que comprometem a mobilidade e a funcionalidade. Com sessões regulares e um cuidado multidisciplinar, o objetivo é ajudar os pacientes a retomarem a independência e melhorar sua qualidade de vida.
Márcia de Jesus, 59 anos, conhece de perto essa realidade. Após sofrer dois AVC’s e enfrentar um caso grave de Covid-19 em 2020, ela perdeu a fala e os movimentos corporais, tornando-se completamente dependente. Quatro anos depois, com o apoio do HRSM, Márcia já recuperou a fala e é capaz de sair sozinha com o auxílio de uma bengala. “Tenho uma gratidão eterna a Deus por estar viva hoje. A vida é um tesouro, e precisamos vencer as dificuldades”, afirma.
A fisioterapeuta Michelle Xavier, que acompanha Márcia, explica que a reabilitação neurofuncional utiliza a neuroplasticidade — a capacidade do cérebro de se reorganizar — para promover a recuperação. “Quanto antes iniciamos o tratamento, maior é o potencial de readaptação”, destaca.

O ambulatório atende cerca de 45 pacientes por semana, com sessões de 30 minutos realizadas nas segundas, terças e sextas-feiras. Pacientes com AVC, como Selma Santos, 53 anos, e Sebastião dos Santos, 65 anos, têm suas vidas transformadas pelo tratamento.
Selma sofreu um AVC após um infarto e perdeu a fala e a mobilidade do lado direito. Hoje, já consegue andar e está recuperando movimentos mais finos. Já Sebastião, que teve um AVC hemorrágico há oito meses, ainda enfrenta desafios maiores, mas sua esposa, Zélia Maria, relata avanços significativos: “Antes, ele não conseguia se sentar. Agora, já usa cadeira de rodas e vem às sessões com o apoio de uma ambulância.”
Segundo Michelle, o trabalho com pacientes de doenças neurodegenerativas, como Parkinson e Alzheimer, foca em retardar a progressão dos sintomas e oferecer mais qualidade de vida. A fisioterapia neurofuncional atua em casos complexos, tratando hemiplegias, paraplegias, disfunções vestibulares e outras condições que comprometem a funcionalidade.
O impacto desse atendimento vai além do paciente, promovendo alívio e esperança também para as famílias. “Cada evolução é uma vitória para todos os envolvidos”, conclui Michelle.
O Ambulatório de Fisioterapia Neurofuncional do HRSM segue cumprindo sua missão de transformar vidas.
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Da Redação do Agenda Capital