Por Dr. Cid Carvalhaes*
Em meio às atenções globais voltadas à escolha do novo Papa, Leão XIV — surpresa para uns, acerto para outros, incógnita para muitos —, o mundo inteiro se volta ao Vaticano na expectativa das decisões que o novo pontífice tomará frente aos grandes dilemas contemporâneos. Afinal, 1,4 bilhão de católicos se espalham pelos 05 continentes do planeta. Assunto do momento. Mas, ainda que as manchetes ecoem as novidades do alto clero, há um sentimento que emerge com força e beleza incomparáveis: o amor das mães.
A data dedicada às Mães emerge incólume em exuberantes manifestações de carinho, afeto, amor. Em passado recente, ao deslocar-me em veículo vinculado a um aplicativo, deparei-me com um pastor ao volante. Ágil, bem-falante, articulado, falava, com insistência sobre amar. Inquiri-lo sobre o significado transcendental do amor e ele responde, amar é um verbo que se aplica para os sentimentos.
Me fez recordar de imediato, Mário de Andrade com seu romance, Amar, verbo intransitivo. Sem analogias, amar, nobre sentimento por todos experimentado e de difícil definição. Sentimos bem-estar, alegrias, respeito, admiração, ímpeto para homenagear e dignificar nossas MÃES. Sensações grandiosas, independentes das grandes concorrências surgidas ou das definições imaginadas.
Sempre defendi, e renovo a defesa, todos os dias são dias das MÃES. Mulheres valorosas, verdadeiras guerreiras, protetoras perenes das suas proles, não medem esforços para engrandecerem seus filhos. Se privam em tudo para bem atendê-los. O fazem com satisfações, galhardia, orgulho. Quanta beleza advém dos gestuais maternos? Incomensurável dimensionar.
MÃES, mesmo com marcas relevantes dos interesses comerciais, seus destaques para cada filho superam relevâncias. Surgem fatos ocasionais, realidade dos conflitos mundiais e guerras diversas existentes, contradições diuturnas, miséria, fome, discriminações de todas as naturezas, desigualdades sociais e, apesar de tudo, a figura materna se faz presente de forma exuberante.
Gerar filhos, conceber novos seres, protegê-los e fazê-los dignos de cidadania é de tão grande significado e não tem definição clássica.
MÃES, presentes, ausentes, aquinhoadas, sacrificadas, recebam justas e adequadas homenagens e agradecimentos dos seus filhos.
Na condição de filhas mães, ninguém melhor do que elas, nossas MÃES, para bem dimensionar suas grandiosas importâncias para cada filho e para a exuberância do mundo. É impossível vê-las diferente.
Homenagens e obrigado, queridas MÃES!
*Dr. Cid Célio Jayme Carvalhaes – Médico neurocirurgião, advogado e escritor. Foi Presidente da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia, Presidente do Conselho Deliberativo da SBN, Presidente do Sindicato dos Médicos de São Paulo e Presidente da Federação Nacional dos Médicos. Especialista no Direito Médico e da Saúde e Coordenador do Curso de Pós-Graduação em Direito da Escola Paulista de Direito. É Colunista do Agenda Capital.