
Por Redação*
O
ministro da Educação, Milton Ribeiro, exonerou nesta segunda-feira, 27, quatro
dos cinco assessores especiais do ex-titular da pasta, Abraham Weintraub. Assim
como o ex-ministro, os auxiliares dispensados também são identificados com a
ala mais próxima do bolsonarismo. Ao promover a demissão coletiva, Ribeiro
atende também a orientação do presidente Jair Bolsonaro que pediu um MEC mais
aberto ao diálogo e com perfil conciliador.
Foram exonerados
Auro Hadana Tanaka, Eduardo André de Brito Celino, Sérgio Santana e Victor
Sarfatis Metta. Apenas um auxiliar do ex-ministro foi mantido: o coronel Paulo
Roberto. Os cinco cargos da assessoria especial são ligados diretamente ao
gabinete do ministro e costumam ser ocupados por pessoas de confiança do
titular da pasta. Os novos assessores ainda não foram nomeados.
Pessoas ligadas ao
grupo de servidores demitidos alegam que a mudança era esperada, já que os
cargos são de confiança.
A exoneração,
publicada nesta segunda no Diário Oficial da União
(DOU), foi assinada pelo novo secretário-executivo do MEC, Victor Godoy Veiga.
Ele substituiu Antonio Vogel, que conduziu a pasta por quase um mês entre a
demissão de Weintraub e a chegada de Milton Ribeiro, que tomou posse no dia 16
de julho. No período, se aproximou do presidente e no dia 21 de julho foi
nomeado assessor especial da Casa Civil, chefiada pelo ministro Walter Braga
Netto.
Ribeiro testou
positivo para covid-19 quatro dias após assumir o MEC e está em São Paulo. No
sábado, 25, o ministro escreveu no Twitter que os médicos constataram um início
de pneumonia. “Fui à clínica e tomei via venosa antibiótico. Hoje acordei bem
melhor, 10% de tosse mas ainda sem apetite”, comunicou no final de semana.
Questionado nesta segunda sobre o estado de Saúde do ministro, o MEC disse que
as informações são a que estão na rede social de Ribeiro.
Segundo integrantes
da pasta, o ministro não teve tempo ainda de conversar com os secretários. A
expectativa de integrantes do governo é que o secretário nacional de
Alfabetização, Carlos Nadalim, e a secretária de Educação Básica, Ilona
Becskeházy, fiquem no cargo. Os dois também são identificados com a ala
ideológica. Entretanto, técnicos do MEC aguardam que Ribeiro, tão logo volte a
Brasília, faça novas mudanças.
*Com informações do Estadão