Posse do ministro Mandetta na Saúde. Foto: Reprodução

Luiz Henrique Mandetta assumiu comando da pasta nesta quarta-feira.

Por Redação

O novo ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, disse em seu discurso de posse, nesta quarta-feira (2), que pretende criar um terceiro turno de atendimento nos postos de saúde do país. A ideia é que os postos públicos também abram à noite para atender quem trabalha durante o dia e tem dificuldades de passar por consultas durante o dia. “É preciso ter um terceiro turno nos postos de saúde. Vamos correr atrás”, afirmou sem citar prazos para a implantação da medida.

Entre as autoridades presentes à cerimônia estavam os ministros Osmar Terra (Cidadania), Tereza Cristina (Agricultura) e Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos), além do novo governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, e parlamentares.

Em seu discurso, o novo ministro declarou que sua gestão será pautada pela redução de gastos. “Cada centavo economizado por esse ministério tem que ir para objeto fim, que é a assistência. Não dá para gastar dinheiro sem saber”, afirmou.

Médico e ex-secretário de Saúde de Campo Grande, Mandetta estava no segundo mandato de deputado federal e não disputou as eleições deste ano. Ele tomou posse oficialmente como ministro em cerimônia realizada logo após o novo presidente da República ser empossado. Nesta quarta, o seu antecessor na pasta, Gilberto Occhi, transmitiu o cargo a ele.

Segundo o novo ministro, a atenção básica será a prioridade da gestão. “Meu compromisso com a atenção básica é integral”, disse Mandetta.

Ele usou cerca de 30 minutos de sua fala para contar sua trajetória de vida como médico e político. Eleito deputado federal pelo Mato Grosso do Sul em 2010 e 2014, o ministro é ortopedista pediátrico.

“Não se chega a um cargo de tamanha responsabilidade sem ter um compromisso muito grande com a família, com a fé, com a pátria”, declarou. “Agradeço ao presidente Jair Bolsonaro por ter me confiado essa tão nobre missão”.

O auditório do Ministério da Saúde ficou lotado para a transmissão de cargo de chefia da pasta. Apenas sete cadeiras foram reservadas para a imprensa, e uma parte dos jornalistas foi colocada em uma sala com TV. Segundo a assessoria, o cerimonial havia orientado que ninguém poderia ficar em pé durante a solenidade.

Na última segunda-feira (31), Mandetta afirmou à “Folha de S. Paulo” que o governo precisa voltar a estimular a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis, como o HIV. Por outro lado, disse que é necessário ter cuidado na formulação de políticas públicas para não ofender as famílias.

“Vamos ter que ver a maneira como isso se dá sem ofender aqueles que entendem que isso possa ser uma invasão do Estado no seu ambiente familiar.”

Na entrevista, ele também falou sobre a reorganização do atendimento na atenção básica. “O SUS se municipalizou de forma muito irrestrita, deixando alguns municípios sem condições técnicas e pessoal suficiente para fazer a gestão desse sistema. Precisamos repensar os direitos sanitários brasileiros. Vamos criar a secretaria nacional de atenção básica, e ali criar as políticas de recursos humanos e discutir como lotar médicos em locais de difícil provimento”, declarou à Folha.

Da Redação do Agenda Capital com informações do UOL e G1

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