Presidente Lula e a ministra da saúde Nísia Trindade. Foto: Reprodução.

Pressão política e desafios da pasta, fazem parte do cotidiano da ministra da saúde Nísia Trindade que tem a simpatia do presidente Lula.

Por Delmo Menezes

Desde que assumiu como a primeira mulher a comandar o Ministério da Saúde, Nísia Trindade tem sido um ponto focal de atenção, tanto dentro quanto fora do governo. Seu mandato, inicialmente marcado por avanços na retomada de programas importantes do governo, como o ‘Mais Médicos’, tem sido abalado nos últimos meses por crises sanitárias e críticas internas, principalmente em relação à falta de habilidade política.

A ministra, cuja gestão enfrenta pressões do Centrão, devido ao alto orçamento e importância estratégica do Ministério da Saúde, tem sido instada a adotar uma postura mais incisiva e comunicativa. A necessidade de uma divulgação mais efetiva das ações positivas da pasta tornou-se uma demanda crescente, especialmente em meio a uma série de desafios e controvérsias.

No último mês, durante uma reunião ministerial presidida pelo presidente Lula, Nísia Trindade foi um dos alvos principais das cobranças. Apesar de inicialmente bem avaliada pelo governo por seus esforços na retomada de políticas importantes, a ministra enfrenta agora desgastes decorrentes de falhas na condução de crises, como a enfrentada pela dengue. Soma-se a isso a pressão decorrente de sua falta de habilidade política, evidenciada em episódios como a revogação de uma nota técnica sobre regras para o aborto legal, após forte reação de parlamentares conservadores.

Recentemente, Nísia recebeu orientações do marqueteiro do PT, Sidônio Palmeira, visando melhorar sua comunicação e imagem. No entanto, apesar dos esforços para aprimorar a comunicação do governo, a eficácia dessas medidas ainda não se refletiu na atuação da ministra. A falta de habilidade política e os problemas na distribuição de emendas têm colocado a ministra sob os holofotes, não apenas sendo alvo de contestações do Centrão, mas também enfrentando críticas por sua relutância em defender as ações do Executivo em uma das pastas mais relevantes para a população.

Em meio a um cenário de pressão política e desafios crescentes na área da saúde, Nísia Trindade se encontra em uma posição delicada, tendo que enfrentar não apenas os desafios da pasta que lidera, mas também a necessidade de lidar com as demandas políticas e de comunicação de forma mais eficaz para se manter no governo.

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Da Redação do Agenda Capital

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