Um menino palestino sentado em uma casa danificada vista através dos escombros, após os ataques israelenses, em Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza, 11 de outubro de 2023 — Foto: Reprodução

A identidade das pessoas mantidas em Gaza pelo grupo terrorista Hamas ainda não foi confirmada pelo governo israelense

Por Redação

O Ministério da Defesa de Israel afirmou nesta quarta-feira, 11, que há brasileiros entre as pessoas que estão sendo mantidas reféns pelo Hamas na Faixa de Gaza. O anúncio foi feito por um porta-voz do Exército israelense. O número de reféns e suas identidades não foram confirmados pelo governo israelense.

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“Temos americanos, britânicos, franceses, alemães, italianos, brasileiros, pessoas da Argentina e da Ucrânia, e vários outros países. Não lembro a lista completa, pois é muito grande”, disse o porta-voz Jonathan Conricus, em um vídeo publicado no X (o antigo Twitter).

“Há 1,2 mil israelenses mortos, e cerca de 2,7 mil feridos. Dezenas estão sendo mantidos reféns em Gaza pelo Hamas, inclusive, sendo muitos deles com dupla nacionalidade”, disse Conricus no vídeo. O porta-voz afirmou que esta “não é uma preocupação apenas para Israel”, mas de “muitos países livres no mundo”.

O grupo terrorista levou reféns para aFaixa de Gazadurante o ataque relâmpago do sábado. Na segunda-feira, 9, o grupo chegou a afirmar que haveria uma execução de refém para cada bombardeio de Israel no território. A ameaça não intimidou os militares israelenses, que continuam bombardeando o enclave palestino depois do comunicado.

De acordo com o Itamaraty, com a confirmação da morte de Ranani Glazer e Bruna Valeanu na terça-feira, 10, sabe-se que ainda uma brasileira considerada desaparecida, a carioca Karla Stelzer Mendes, de 41 anos. Entretanto, não há confirmação de que Karla possa estar entre os reféns de Hamas.

Karla, assim como Ranani e Bruna, estava em uma rave no sul de Israel realizada no sábado, 7. A festa de música eletrônica, também conhecida como rave, acontecia no deserto de Negev, perto do Kibutz Re-im, a 5 km da Faixa de Gaza, quando foi invadida por terroristas do Hamas. Segundo relatos de vítimas, homens armados cercaram o local, lançaram granadas e dispararam contra as pessoas que ali estavam.

O que aconteceu até agora?

▶️ Como foi o ataque? As ações se concentraram perto da fronteira da Faixa Gaza, de onde Hamas lançou 5 mil foguetes.

  • Por terra, ar e mar, com motos e parapentes, homens armados invadiram o território israelense pelo sul do país.
  • Houve relatos de que os invasores atiraram em pessoas que estavam nas ruas e sequestraram dezenas de israelenses (incluindo mulheres e crianças), levados como reféns para Gaza.

▶️ Como foi a resposta de Israel? Diante da ofensiva do Hamas, o governo israelense iniciou uma retaliação.

  • “Estamos em guerra e vamos ganhar”, disse o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, logo após o ataque.
  • “O nosso inimigo pagará um preço que nunca conheceu.”
  • Ainda em 7 de outubro, Israel lançou bombas em direção à Faixa de Gaza.

▶️ Quantas pessoas morreram? O balanço mais recente das autoridades locais indicava, na manhã desta terça-feira, que mais de 2.255 pessoas morreram. Mais de 1.200 foram em Israel. O Ministério da Saúde de Gaza informou ter registrado 1055 mortes de palestinos.

▶️ O que é e onde fica Faixa de Gaza? É o território palestino localizado em um estreito pedaço de terra na costa oeste de Israel, na fronteira com o Egito.

  • Marcado por pobreza e superpopulação, tem 2 milhões de habitantes morando em um território de 360 km².
  • Para se ter uma ideia desse tamanho em comparação com cidades brasileiras, o território é um pouco maior que o da cidade de Fortaleza (312,4 km²) e menor que o de Curitiba (434,8 km²).
  • Tomada por Israel na Guerra dos Seis Dias, em 1967, e entregue aos palestinos em 2005, Gaza vive um bloqueio de bens e serviços imposto por seus vizinhos de fronteira.

▶️ Qual é o histórico do conflito na região? A disputa entre Israel e Palestina se estende há décadas e já resultou em inúmeros enfrentamentos armados e mortes.

  • Em sua forma moderna, remonta a 1947, quando a Organização das Nações Unidas (ONU) propôs a criação de dois Estados, um judeu e um árabe, na Palestina, sob mandato britânico.

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Com Estadão/G1/Agenda Capital

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