Impopular entre o eleitorado, Scholz se viu reduzido a liderar governo de minoria em novembro após saída de liberais da sua coalizão. Reprodução.

A votação está prevista para ocorrer a partir de 15h30 no horário local (11h30 em Brasília).

Por Redação

O Parlamento Alemão (Bundestag), vota nesta segunda-feira (16/12) um movimento de confiança no chanceler Olaf Scholz, que enfrenta uma grave crise política desde a saída do Partido Liberal Democrático (FDP) da coalizão governamental. A perda da maioria parlamentar em novembro colocou Scholz e sua aliança entre os Sociais-Democratas (SPD) e os Verdes em uma posição vulnerável. A expectativa é que Scholz seja derrotado, ou que abra caminho para a dissolução do Parlamento e a convocação de novas eleições, já marcadas para 23 de fevereiro de 2025.

O rompimento com o FDP, liderado por Christian Lindner, foi marcado por acusações públicas e revelou divergências profundas, como o impasse sobre o “freio da dívida”, um mecanismo que limita os gastos do governo. Enquanto Scholz acusava Lindner de agir em benefício próprio, documentos internos indicam que a saída do partido foi estrategicamente planejada para reconquistar o apoio popular. Esse desentendimento selou o fim da coalizão “semáforo”, que governava o país desde 2021.

Além da crise política, o governo Scholz enfrentou desafios econômicos e externos, como a guerra na Ucrânia e a retração da economia alemã, fatores que desenvolveram para sua impopularidade recorde, com apenas 14% de aprovação em novembro. Se derrotado na votação, Scholz deverá permanecer no cargo interinamente até a formação de um novo Parlamento, processo que poderá se estender por meses. O presidente Frank-Walter Steinmeier já sinalizou que aprovará a dissolução do Bundestag.

As pesquisas indicam vantagem para a União Democrata Cristã (CDU), vencida por Friedrich Merz, nas próximas eleições. A sigla aparece com cerca de 31% das intenções de voto, enquanto o SPD e os Verdes deverão perder espaço. Já a ultradireitista Alternativa para a Alemanha (AfD) pode dobrar sua bancada, tornando-se a segunda maior força parlamentar. Analistas especulam se a AfD usará seus votos para desestabilizar ainda mais o cenário político, o que obrigaria Scholz a tomar medidas drásticas, como uma eventual renúncia, para evitar um apoio humilhante da ultra.

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Da Redação do Agenda Capital

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