Investimentos em tecnologia e certificações garantem segurança e potabilidade da água

Na Europa, em vários países você pode beber água diretamente da torneira. Investimentos em tecnologia e certificações garantem segurança e potabilidade da água distribuída na cidade de Campo Grande

Por Redação

No Brasil são raros os lugares onde a água da torneira é própria para consumo, mas na Europa nem sempre você vai precisar de filtro ou água mineral, o que é excelente, já que assim economizamos uma grana e ainda poupamos o meio ambiente de tantas garrafinhas de plástico que levam centenas de anos para se decompor.

Abrir a torneira, encher o copo e matar a sede. Para cerca de 35 milhões de brasileiros essa é uma realidade muito distante. O número, que representa mais de 15% da população, representa também quantos brasileiros não têm acesso a água tratada, de acordo com o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento básico (SNIS) do Ministério do Desenvolvimento Regional.

Fora dessas estatísticas, a cidade de Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul, pode ser considerada um exemplo: registra abastecimento de água para mais de 99% da população.

No entanto, o gerente de tratamento da Águas Guariroba, empresa concessionária responsável pelo serviço na cidade, Clayton Bezerra, explica que não basta apenas fazer as ligações para distribuir a água. É preciso captar a água da forma correta e tratá-la antes de entregá-la aos moradores.

“Existem casos de municípios – e isso não está restrito aos pequenos – que captam e distribuem água bruta sem nenhum tipo de tratamento. É muito perigoso para a saúde da população. A nossa atividade faz parte de uma política pública federal e possui uma legislação rigorosa. A Portaria nº 5 do Ministério da Saúde, entre outras coisas, estabelece parâmetros de potabilidade da água e também o plano de amostragem (diária, mensal, quinzenal, trimestral e semestral)”, explica Clayton.

Tratamento de ponta a ponta

Na prática, isso significa que a água é captada por dois sistemas: um pelos córregos Guariroba e Lageado e outro por poços profundos, recebe tratamento específico até atingir características físicas, químicas e microbiológicas que a classifiquem como potável e só então é colocada nos reservatórios da concessionária para ser distribuída para a população.

Depois que é usada, a água entra para a rede de esgoto e também recebe tratamento adequado antes de ser devolvida aos rios.

Todo o processo, desde a captação da água bruta até a entrega da água tratada no hidrômetro da casa do morador, é monitorado por meio de amostras que são analisadas, gerando relatórios, que são entregues à Vigilância Sanitária do município – fiscal imediato da atividade – e encaminhados para o Sisagua, o Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da água para Consumo Humano do Ministério da Saúde. Os dados passam também pela Agereg (Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos).

Para garantir a qualidade e a segurança da água que está sendo consumida, a recomendação é que a caixa d’água seja limpa de seis em seis meses, seja residencial ou predial. Limpar a caixa d’água é um procedimento simples que pode ser feito pelo próprio morador, ou, no caso de prédios com caixas com volume muito grande, recomenda-se a contratação de uma empresa especializada.

Europa

Em 32 dos 50 países do continente você pode beber água diretamente da torneira, encher garrafinhas vazias nas fontes da cidade (ao menos quando houver um aviso dizendo o contrário) e até pedir água de graça nos restaurantes.

Veja os países europeus onde podemos beber água da torneira sem medo são:

Holanda, Andorra, Alemanha, Áustria, Bélgica, Dinamarca, Eslovênia, Espanha, Eslováquia, Finlândia, França, Irlanda, Itália, Reino Unido, Portugal, Gibraltar, Grécia, Hungria, Islândia, Letônia, Liechtenstein, Luxemburgo, Macedônia, Malta, Mônaco, Noruega, Polônia, República Tcheca, San Marino, Suécia, Suíça e Vaticano.

Nos demais países, o consumo não é indicado pelo (Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos) CDC. Nesses lugares, a água pode ser responsável por transmitir doenças gastrointestinais para as quais nem todos estão imunes. Entre elas a hepatite A, giardíase, febre tifoide, diarreia e cólera. No pior dos casos, beber água de origem desconhecida pode causar envenenamento com agentes químicos.

Fonte: G1 e Agenda Capital

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