Os profissionais da saúde afirmam que as condições salariais e de trabalho estão defasadas, e pedem um posicionamento imediato do governo
Por Redação
A presidente do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Brasília (SindSaúde), Marli Rodrigues, foi presa pela Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) na manhã desta quinta-feira (19), em frente ao Palácio do Buriti, sede do governo do Distrito Federal (GDF). A prisão ocorreu durante uma manifestação organizada por servidores da saúde, que está em greve desde a semana passada. O movimento reivindica, entre outras demandas, a reestruturação da Carreira dos Servidores e o envio de um projeto de lei para a Câmara Legislativa do DF (CLDF) tratando do reajuste salarial.
Os profissionais da saúde afirmam que as condições salariais e de trabalho estão defasadas, e pedem um posicionamento imediato do governo. A principal demanda é a reestruturação da carreira, além da correção salarial, visto que, segundo os manifestantes, há anos a categoria não recebe aumentos adequados que acompanham a inflação.
Faixas e cartazes com palavras de ordem foram espalhados pela área em frente ao Palácio do Buriti, enquanto os manifestantes gritavam por justiça e respeito aos profissionais da saúde. Um dos pontos centrais da manifestação era a falta de diálogo entre a categoria e o governo, que, segundo os servidores, tem se mantido inflexível.
O momento mais tenso da manifestação foi marcado pela prisão de Marli Rodrigues, líder sindical que há anos representa o SindSaúde. Testemunhas afirmaram que a presidente do SindSaúde estava discursando em um carro de som quando a PMDF interveio de maneira agressiva, utilizando spray de pimenta para dispersar o grupo.
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Até o momento, a Polícia Militar não informou oficialmente o motivo da prisão de Marli Rodrigues, mas relatos indicam que ela foi detida sob acusação de incitação a manifestação dos servidores.
Até o fechamento desta matéria, o Governo do Distrito Federal ainda não havia se pronunciado sobre o episódio da prisão, tampouco sobre as reivindicações dos servidores. No entanto, fontes próximas ao GDF afirmam que o governo está buscando alternativas para negociar com os representantes da saúde, embora ainda não tenha sido confirmado o possível encontro.
A Redação do Agenda Capital apurou que a sindicalista Marli Riodrigues já foi liberada.
O que diz a PMDF
“Na manhã desta quinta-feira (19), a presidente do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde (SindSaúde) foi orientada pelo comandante do policiamento sobre as normas que regulam reunião e manifestação no Distrito federal, inclusive tendo sido informada das proibições de invasão e ocupação de via pública bem como tentativa de invasão de prédio público. O grupo de manifestantes invadiu a via N1, bloqueando o trânsito e seguiu em direção ao Palácio do Buriti.
A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) interveio para evitar invasões e possíveis atos de depredação. Diante da recusa de retroceder e obedecer às ordens policiais foi necessário o uso de instrumento de menor potencial ofensivo para dispersão dos manifestantes. A presidente do sindicato foi conduzida à 5ª Delegacia por desobediência, por ter desobedecido as normas de manifestação no DF mesmo após ter sido orientada pelo comandante do policiamento.”
(Matéria atualizada às 13h59)
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Da Redação do Agenda Capital