O presidente da Rússia, Vladimir Putin, se reúne com Dilma Rousseff, presidente Bancos do BRICS em Kazan, na Rússia – 22/10/2024 (Foto: Alexander Nemenov

A 16ª Cúpula do Brics começa com novos líderes e foco em alternativas ao dólar

Por Redação

Começou hoje (22) a 16ª Cúpula do Brics, em um encontro que marca a ampliação do grupo e reúne o maior número de líderes na história do bloco. Esta edição é a primeira no formato expandido, com a recente adesão do Egito, Etiópia, Irã, Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita, ampliando o alcance e a relevância do Brics no cenário global.

O presidente russo, Vladimir Putin, e a presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB) do Brics, Dilma Rousseff, se encontraram para discutir temas prioritários, como a expansão do grupo e o desenvolvimento de projetos voltados para os países do Sul Global. Durante o encontro, Dilma destacou a importância de uma maior inclusão de nações emergentes e no desenvolvimento das iniciativas do banco. “Espero que possamos ter uma expansão maior dos países do Brics para os países do Sul Global, e que possamos definir os novos rumores que convidamos trilhar nos próximos anos”, declarou.

Putin, por sua vez, enfatizou a necessidade de aumentar os pagamentos entre os membros do Brics em moedas locais, o que, segundo ele, contribuirá para reduzir a dependência do dólar e fortalecer a autonomia econômica do grupo. “O aumento dos pagamentos em moedas locais permite reduzir os pagamentos do serviço da dívida, aumentar a independência dos membros dos países do Brics e minimizar os riscos geopolíticos”, afirmou o presidente russo, ressaltando que essas medidas ajudarão a “libertar o desenvolvimento econômico da política “.

O Novo Banco de Desenvolvimento, criado em 2015 pelos países fundadores do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), já financiou mais de 100 projetos, totalizando US$ 33 bilhões (aproximadamente R$ 187,75 bilhões). Essas iniciativas têm como objetivo mobilizar recursos para infraestrutura e desenvolvimento sustentável em nações emergentes e países em desenvolvimento.

Além do encontro com Dilma, Putin também participou de reuniões bilaterais com o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, e tem encontros agendados com o presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, o presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sisi, e o líder chinês, Xi Jinping. As negociações para buscar alternativas à hegemonia do dólar e fortalecer as instituições financeiras do Brics estão entre os temas centrais da cúpula.

A 16ª Cúpula do Brics acontece em um momento de transição, com o bloco expandindo suas fronteiras e consolidando o papel de principal fórum de cooperação econômica entre nações emergentes. A expectativa é que a investigação avance em direção a uma maior integração financeira e a busca por um sistema internacional mais equilibrado.

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Da Redação do Agenda Capital e Agências

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