Em 2023, o relógio foi ajustado para 90 segundos para a meia-noite, o que significa que nunca estivemos tão próximos do fim dos tempos.
Por Delmo Menezes
O Relógio do Juízo Final, criado pelo Boletim dos Cientistas Atômicos em 1947, é uma metáfora que representa a proximidade da humanidade com a catástrofe global. Em 2024, o relógio está marcando 90 segundos para a meia-noite, o que significa que nunca estivemos tão próximos do fim dos tempos.
Existem dois fatores principais que contribuem para a proximidade do relógio da meia-noite: a devastação do planeta pelo homem e o risco de uma terceira guerra mundial.
O que é o Relógio do Juízo Final?
Albert Einstein, J. Robert Oppenheimer e outros cientistas que trabalharam no Projeto Manhattan – o programa ultrassecreto de armas nucleares que resultou no lançamento de duas bombas atômicas pelos EUA no Japão – fundaram o Boletim em 1945 em Chicago.
Dois anos depois, eles inventaram o Relógio do Juízo Final. Naquela época, as armas nucleares eram consideradas a maior ameaça à humanidade.
Originalmente fixado em sete minutos para a meia-noite, o mais distante que o relógio esteve do apocalipse foi a 17 minutos para a meia-noite, após o fim da Guerra Fria em 1991.

O Conselho de Ciência e Segurança do Boletim analisa diversos dados para formar uma percepção da gravidade das ameaças globais atuais e decidir o quão perto estamos do fim.
Apesar de ele ter sido criado para alertar sobre a ameaça representada pelas armas nucleares, desde o início dos anos 2000 ele também leva em conta os riscos que as mudanças climáticas e tecnologias disruptivas, como a inteligência artificial, representam para a sociedade.
O Conselho de Ciência e Segurança do Boletim, composto por 17 membros, diz que leva em conta, por exemplo, “o número e os tipos de armas nucleares no mundo, as partes por milhão de dióxido de carbono na atmosfera, o grau de acidez em nossos oceanos e a taxa de aumento do nível do mar”.

Qual é o objetivo do relógio?
Os cientistas por trás do Relógio do Juízo Final querem incentivar as pessoas e instituições a agir e mantê-las informadas sobre o mundo em que vivem.
Quando, em agosto de 1945, os EUA lançaram bombas nucleares sobre as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki, matando cerca de 100 mil pessoas, deu-se início ao que os cientistas chamam de era nuclear.
Considera-se que os cientistas perceberam ali que haviam criado uma arma de destruição em massa, e que o relógio foi uma tentativa de aumentar a conscientização sobre os perigos de deixar as tecnologias sem controle – talvez porque eles se sentissem responsáveis pelo perigo que eles mesmos haviam criado.
Quase 80 anos após sua criação, os cientistas do Boletim dizem que o objetivo do relógio não é assustar as pessoas, mas mantê-las conscientes.

A devastação do planeta pelo homem
O homem tem causado uma devastação sem precedentes ao planeta. A poluição, o desmatamento, a extinção de espécies e o aquecimento global estão colocando em risco a sobrevivência da humanidade.
A poluição do ar, da água e do solo está causando danos à saúde humana e ao meio ambiente. O desmatamento está destruindo florestas tropicais, que são essenciais para a regulação do clima e da biodiversidade. A extinção de espécies está desequilibrando os ecossistemas e levando à perda de biodiversidade. O aquecimento global está causando eventos climáticos extremos, como furacões, enchentes e secas, que estão causando danos materiais e perdas de vidas.

O risco de uma terceira guerra mundial
O risco de uma terceira guerra mundial também é uma ameaça real. As tensões geopolíticas estão aumentando, e as grandes potências estão se rearmando.
A guerra na Ucrânia é um exemplo do aumento das tensões geopolíticas. A invasão da Ucrânia pela Rússia é a maior guerra na Europa desde a Segunda Guerra Mundial. A guerra está causando uma crise humanitária, e o risco de escalada é real.
O rearmamento das grandes potências também é uma preocupação. Os Estados Unidos e a Rússia estão aumentando seus arsenais nucleares. O aumento das armas nucleares aumenta o risco de uma guerra nuclear, que seria catastrófica para a humanidade.
As consequências de uma terceira guerra mundial
Uma terceira guerra mundial teria consequências catastróficas para a humanidade. Uma guerra nuclear, por exemplo, poderia causar a extinção da raça humana.
Uma guerra não nuclear também seria devastadora. O conflito militar causaria a destruição de infraestruturas, a perda de vidas e a migração em massa. A guerra também causaria uma crise econômica, que levaria à fome e à pobreza.

O que fazer para evitar o fim dos tempos
Para evitar o fim dos tempos, precisamos agir para reduzir a devastação do planeta pelo homem e para reduzir o risco de uma terceira guerra mundial.
Precisamos tomar medidas para reduzir a poluição, proteger o meio ambiente e combater o aquecimento global. Também precisamos promover a paz e a cooperação entre as nações.
Ações individuais, como reduzir o consumo de energia e de recursos naturais, também são importantes. Cada um de nós pode fazer a sua parte para proteger o planeta e evitar o fim dos tempos. Precisamos agir para reduzir a devastação do planeta pelo homem e para reduzir o risco de uma terceira guerra mundial.
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Da Redação do Agenda Capital (Texto adaptado).