A auditoria também visa avaliar possíveis impactos negativos para o Banco do Brasil
Por Redação
O Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou, nesta quarta-feira (5/2), a abertura de uma auditoria em caráter de urgência para investigar a gestão da Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ). A decisão foi tomada após o ministro Walton Alencar Rodrigues relatar “gravíssimas preocupações” com o desempenho do “Plano 1” do fundo de pensão, que acumulou um prejuízo de aproximadamente R$ 14 bilhões entre janeiro e novembro de 2024. O rendimento dos investimentos do plano foi de apenas 1,58% no mesmo período, considerado extremamente baixo em comparação com anos anteriores.
O ministro destacou que o desempenho pífio do plano em 2024 eleva os riscos para os segurados do Banco do Brasil. “O fato é seríssimo, elevando os riscos dos segurados do Banco do Brasil. Comparativamente aos anos anteriores, foi pífio o desempenho atual dos planos da Previ. No ano passado, o desempenho foi substancialmente menor, para quase todas as classes de investimento, renda fixa, renda variável, ativos, imobiliários e investimentos estruturados”, afirmou Alencar Rodrigues.
Além disso, o ministro mencionou uma “situação de inequívoco risco” para todos os beneficiários do plano e sugeriu que “sérios problemas de gestão parecem estar a afligir a entidade”. Diante disso, foi encaminhado um despacho à Secretaria Geral de Controle Externo do TCU para que sejam levantadas informações detalhadas sobre a gestão da Previ.
A auditoria também visa avaliar possíveis impactos negativos para o Banco do Brasil, uma sociedade de economia mista controlada pela União. O ministro alertou que, em caráter extraordinário, a União poderá ser obrigada a contribuir paritariamente com os segurados do plano, caso a situação não seja revertida. “Há a perspectiva de danos graves para o Banco do Brasil, sociedade de economia mista, cujo controle pertence à União, que, em caráter extraordinário, poderá ser obrigada a contribuir paritariamente com os assegurados”, afirmou.
A Previ, questionada pela reportagem, ainda não se manifestou sobre a abertura da auditoria ou sobre os prejuízos acumulados pelo “Plano 1”. A entidade, que é um dos maiores fundos de pensão do país, gerencia bilhões em ativos e é responsável pela previdência complementar de milhares de funcionários do Banco do Brasil.
A decisão do TCU ocorre em um momento de crescente preocupação com a saúde financeira de fundos de pensão no Brasil, especialmente diante de um cenário econômico desafiador, com altas taxas de juros e volatilidade nos mercados. A auditoria deve trazer à tona detalhes sobre as estratégias de investimento adotadas pela Previ e possíveis falhas na gestão que possam ter contribuído para os resultados negativos.
A expectativa é que o TCU conclua a auditoria o mais rápido possível, dada a urgência do caso, e que as recomendações resultantes possam ajudar a reverter o cenário crítico enfrentado pelo “Plano 1” da Previ, garantindo a segurança dos beneficiários e a estabilidade financeira do fundo.
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Da Redação do Agenda Capital
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