As sanções dos EUA consistem em penalidades financeiras e restrições de visto para pessoas que auxiliam o TPI em suas investigações sobre cidadãos e aliados dos EUA

Por Redação

O presidente dos EUA, Donald Trump, impôs sanções por decreto contra o Tribunal Penal Internacional (TPI), sediado em Haia. As sanções visam punir os mandados de prisão emitidos pelo tribunal contra o primeiro-ministro israelense Netanyahu e Yoav Gallant, o agora demitido ministro da Defesa israelense. Eles são suspeitos de crimes de guerra e crimes contra a humanidade. Dizem que esses ataques foram cometidos por forças israelenses na Faixa de Gaza.

Em novembro do ano passado, o tribunal anunciou os mandados de prisão, irritando o governo israelense e os EUA. Netanyahu está atualmente visitando Washington.

As sanções dos EUA consistem em penalidades financeiras e restrições de visto para pessoas que auxiliam o TPI em suas investigações sobre cidadãos e aliados dos EUA. Trump fala de “consequências tangíveis e significativas” no decreto.

Na semana passada, a maioria republicana no Senado tentou aprovar sanções contra o TPI no Congresso, mas foi bloqueada pelos senadores democratas. Agora as sanções estão chegando, desta vez por meio de um decreto de Trump.

O tribunal já enfrentou sanções do governo Trump. Em 2020, durante seu primeiro mandato, Trump impôs sanções contra a então promotora-chefe do tribunal, Fatou Bensouda, e um de seus associados. Isso foi uma punição pela investigação de possíveis crimes de guerra americanos no Afeganistão.

Funcionários pagos antecipadamente

O TPI antecipou as sanções financeiras impostas pelo novo governo dos EUA e pagou três meses de salário adiantado aos seus funcionários no mês passado, disseram fontes à agência de notícias Reuters. A atual presidente do TPI, a juíza japonesa Tomoko Akane, alertou logo após a vitória eleitoral de Trump que as sanções “prejudicam o trabalho do TPI, inclusive em outros casos. A própria existência do tribunal está em jogo”.

125 países ao redor do mundo são membros do tribunal, que pode processar pessoas no mundo todo por crimes de guerra, crimes contra a humanidade e genocídio. A Holanda é membro do Tribunal Penal. Os EUA, a China, a Rússia e Israel não.

Os mandados de prisão contra Netanyahu e Gallant também causaram desconforto em países que participam do TPI. No mês passado, por exemplo, a Polônia decidiu não prender Netanyahu se ele comparecesse à comemoração no campo de extermínio de Auschwitz, localizado perto de Cracóvia. Por fim, Netanyahu decidiu que seu Ministro da Educação, Yoav Kish, viajasse para a reunião.

Siga o Agenda Capital no Instagram: https://www.instagram.com/agendacapitaloficial/

Com Agências Internacionais

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here