Joe Biden e Donald Trump. Foto: Reprodução

Donald Trump e Joe Biden disputam os votos dos americanos nesta terça-feira (3); quase 100 milhões votaram antecipadamente.

Por Reuters

MCCONNELLSBURG, EUA (Reuters) – Os Estados Unidos da América (EUA) realizam hoje as eleições mais tensas desde a vitória do republicano Richard Nixon em 1968. Há meio século, o país vivia uma atmosfera de divisão política e social tão intensa e radical como em 2020.

Milhões de norte-americanos votarão nesta terça-feira em uma eleição como nenhuma outra, diante da ameaça da Covid-19 e o potencial de violência e intimidação depois de uma das campanhas presidenciais mais polarizadas da história dos Estados Unidos.

Dentro e nos arredores dos locais de votação ao redor do país, lembranças de uma campanha marcada pela pandemia, tumultos civis e polarização política receberão os eleitores, embora mais de 90 milhões de votos já tenham sido depositados em uma onda sem precedentes de votação antecipada.

Americanos se deslocando para votação. Foto: Reprodução

Muitos usarão máscaras nos locais de votação, seja por escolha ou por determinação das autoridades em meio ao crescimento da epidemia de coronavírus em várias partes do país.

Alguns eleitores verão estabelecimentos comerciais protegidos por barreiras como uma precaução contra a possibilidade de vandalismo com motivação política, em uma visão atípica para um dia de eleição nos EUA, onde a votação geralmente é pacífica na era moderna.

As tensões na eleição presidencial deste ano estavam no ar na segunda-feira na sessão de armamentos da loja Buchanan Trail Sporters na cidade de McConnellsburg, no Estado da Pensilvânia.

Ao lado da Casa Branca, o tradicional Hotel Willard avisou os hóspedes de que há uma manifestação marcada entre as 16h e a meia-noite desta terça-feira na esquina das ruas 16 e H para acompanhar a apuração. No mesmo local, haverá concentração às 18h de quarta. Manifestantes planejam buzinaços nas redondezas da Casa Branca na quinta às 7h, 9h e 11h da manhã, criando engarrafamentos. O Serviço Secreto reforçou o policiamento na região. Uma cerca reforçada usada nos protestos de junho foi reerguida em volta da sede do Executivo americano.

“Não importa quem vença, eles têm a sensação de que haverá algum tumulto civil”, disse Sally Hoover, coproprietária da loja enquanto vários clientes analisavam armas e munições.

Hoover apoia o presidente republicano Donald Trump, que busca a reeleição contra i democrata Joe Biden, ex-vice-presidente que aparece à frente nas pesquisas.

“Essas pessoas aqui não vão procurar por briga”, disse Hoover. “Mas se a briga vier na direção delas, elas vão defender sua propriedade e modo de vida.”

Foto: Reuters

A União Americana pelas Liberdades Civis (ACLU) e outros grupos de direitos civis disseram que estarão atentos a casos de intimidação e eleitores.

A afiliada da ACLU na Geórgia enviou cerca de 300 advogados para o Estado e apontou 50 potenciais “focos” de problemas de votação nesta terça, incluido 15 seções eleitorais em Atlanta.

“Temos observadores eleitorais que estão atentos a qualquer intimidação de eleitor”, disse a diretora-executiva da ACLU na Geórgia, Andrea Young, a jornalistas. “Não sabemos exatamente o que vai acontecer, mas queremos estar o mais preparados possível.”

Com informações da Reuters

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