Hospitais público do DF. Foto: reprodução

Decisão da Secretária de Saúde afeta hospitais públicos em todo o DF. Greve de vigilantes também afetou outros serviços como o de bancos e do INSS

Por Redação

Por questões de segurança, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal decidiu suspender as visitas a pacientes internados em hospitais da rede pública após o início da greve de vigilantes. A decisão afeta as unidades de saúde de Ceilândia, Taguatinga, Samambaia, Região Leste (antigo Paranoá), Sobradinho, Planaltina, Asa Norte, Santa Maria e o Instituto Hospital de Base. Além disso, o acesso às portarias centrais foi restringido. A paralisação por tempo indeterminado foi decidida na noite dessa quarta-feira (28/2) durante assembleia.

O Sindicato dos vigilantes do Distrito Federal (Sindesv-DF), que representa cerca de 20 mil trabalhadores na capital, afirmou que a greve afetou o funcionamento de 98%  das agências bancárias da cidade, faz com que hospitais atendam apenas serviços considerados essenciais. Além desses setores, outros órgãos estão com 70% do efetivo afetado. A categoria reivindica reajuste de 7% dos salários, aumento do ticket alimentação e manutenção das cláusulas sociais, como seguro de vida e plano de saúde.

A Secretaria de Saúde informou que notificou as empresas para que garantam o percentual mínimo de 30% dos vigilantes nas unidades e hospitais. “Havendo necessidade, o diretores foram orientados a buscar reforço junto à Polícia Militar”, disse em nota. A suspensão das visitas será mantida até o fim do movimento grevista. Uma assembleia está prevista para hoje, às 19h30.

O deputado Chico Vigilante  (PT-DF), um dos diretores do sindicato da categoria no Distrito Federal, afirmou em entrevista à Revista Brasil, da EBC, que, mesmo sem um acordo entre as partes, poderá haver uma audiência pública no Ministério Público do Trabalho para discutir soluções. “Não queremos que a população não seja atendida, mas este é o último recurso”, afirmou.

Escolas abrem sem vigilantes

A Secretaria de Educação afirmou que não foi informada sobre a paralisação.  Mas, de acordo com o sindicato dos vigilantes, as escolas abrirão mesmo sem o efetivo. A Secretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão (Seplag) afirmou que a paralisação dos vigilantes ocorre por falta de acordo entre os trabalhadores e as empresas, e que não envolve os contratos com o GDF. No entanto, a pasta explicou que, como os contratos geridos pela pasta envolvem proteção ao patrimônio público do DF, as empresas já foram notificadas para normalizar a prestação dos serviços e garantir a segurança das pessoas e do patrimônio. “As unidades também foram orientadas a, se possível, diminuir a entrada de visitantes externos e algumas permanecerem fechadas”, disse em nota.

Da Redação com informações do Correio

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