Onyx Lorenzoni. Foto: Reprodução

Por Coluna Painel

Os sinais emitidos por Jair Bolsonaro (PSL) de que seu futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM-RS), terá que compartilhar atribuições do cargo com outros nomes da confiança do presidente eleito foram recebidos no Congresso como sintomas de desprestígio. Nesta terça (27), Bolsonaro confirmou que a articulação política também estará no arco de tarefas do general Santos Cruz (Secretaria de Governo), ampliando a sensação de que o democrata terá pouca autonomia.

Campo minado – Onyx tem desafetos no Congresso, mas também dentro da equipe de Bolsonaro. Quem conversou com Paulo Guedes, o futuro ministro da Economia, relata que o clima entre ele e o próximo chefe da Casa Civil não é dos melhores.

Vice e versa – A antipatia é via de mão dupla. Aliados de Onyx também não costumam disparar elogios a Guedes.

Manual de instruções – Há receio no Congresso quanto ao tipo de conversa que será imposta pelo general Carlos Alberto Santos Cruz aos parlamentares. A expectativa é a de que a articulação política ganhe caráter burocrático.

Bênção – Na reunião com Bolsonaro, nesta terça (27), integrantes da Frente Evangélica indicaram o deputado Marco Feliciano (Podemos-SP) para o Ministério da Cidadania. A pasta englobaria Direitos Humanos, Cultura, Esportes e Desenvolvimento Social.

Mais é mais – A estrutura do Ministério da Economia foi definida nesta terça (27). Havia dúvida se Guedes comandaria seis ou quatro secretarias. Venceu o primeiro desenho.

É esse Guedes – Paulo Uebel, ex-secretário de Gestão da Prefeitura de SR comandará a secretaria que, no próximo governo, vai desempenhar as funções que agora cabem a o Ministério do Planejamento. Uma outra área pode ficar com Waldery Rodrigues Junior, que já atua na Fazenda.

Plural – A indicação de Tarcísio Gomes de Freitas para o Ministério da Infraestrutura foi bem recebida por diversos setores, inclusive os vinculados à fiscalização. Ele é visto como um quadro técnico, mas com variadas conexões: conhece o Legislativo, já atuou no governo e tem apoio dos militares.

Todo dia um 7 a 1 – Aliados do ex-presidente Lula receberam com pessimismo a notícia de que o Supremo vai julgar mais um pedido de liberdade do petista na próxima semana. Nesse caso, os advogados usaram a indicação de Sérgio Moro para o Ministério da Justiça de Bolsonaro para pedir a anulação da condenação proferida pelo ex-juiz no caso do tríplex.

Time que está ganhando – A avaliação do PT é a de que a maioria dos ministros da Segunda Turma deve negar o pedido porque o julgamento se dará em torno de uma suposta parcialidade de Moro na condução processo. Os petistas acham que o STF não vai “mexer em uma peça fundamental do governo eleito”.

Tira da frente – Partidários de Lula acreditam que o Supremo decidiu avaliar o caso ainda este ano para não ter que debater o assunto quando Moro já estiver sentado na cadeira de ministro, a partir de janeiro.

Troco – O PSDB vai começar a analisar pedidos de expulsão de tucanos que não seguiram orientação partidária e apoiaram concorrentes de seus quadros durante as eleições. Estão na mira do conselho de ética da legenda nomes como o prefeito de São Paulo, Bruno Covas, o de Manaus, Arthur Virgílio, o de Santos (SP), Paulo Alexandre Barbosa, e o ex-governador de SP Alberto Goldman.

Cabo eleitoral – Dirigentes do PSDB de São Paulo querem que o deputado Miguel Haddad, que não se reelegeu para a Camara, comande o partido no estado a partir do ano que vem. A eleição interna está prevista para maio.

Visita à folha – Marcos Lisboa, diretor-presidente do Insper, visitou a Folha nesta terça-feira (27), onde foi recebido em almoço, a convite do jornal.

TIROTEIO

Esta é a prova de que o funcionalismo não vive no mundo real. Uma bofetada no rosto dos 13 milhões de desempregados. Do deputado Arthur Maia (DEM-BA), sobre o reajuste dos ministros do STF que, com o efeito cascata, pode ter impacto de R$ 4 bilhões.

Da Redação com informações da Folha de SP

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