Por Redação 

Em um avião cor-de-rosa, sete mulheres admiravam o azul do Atlântico que passava abaixo. A viagem de três dias havia sido um presente da companhia aérea em que trabalham — e aquele voo não foi por acaso.

Cada uma das passageiras foi diagnosticada com câncer de mama. Nos anos anteriores, elas viveram sob cirurgias, quimioterapias ou radiografias. Algumas já venceram, outras ainda prestes a vencer o que é o segundo tipo de câncer mais comum entre as mulheres no mundo.

Não à toa, são chamadas de “vitoriosas da Azul”, em referência ao nome da linha área em que trabalham. Entre elas, estão uma executiva, uma comissária, uma coordenadora em Segurança do Trabalho, duas operadoras de call center, uma atendente de aeroporto e uma despachante de voo.

Como homenagem, viajaram a bordo de um Airbus A320neo, pintado exclusivamente na cor-de-rosa como parte da campanha Outubro Rosa da Azul. Todas foram convidadas para retirar o presente de última geração direto da fábrica em Toulouse, no sul da França. A cidade também é conhecida como a “cidade rosa”, por seus prédios históricos e charmosos construídos com tijolos rosados. A aeronave se junta à frota da companhia para dar ainda mais visibilidade a essa causa.

A atendente de aeroporto Simone da Rosa, 39, foi uma das homenageadas. Neste ano, ela já está nas etapas finais de seu tratamento. “No dia em que recebi o diagnóstico, saí do hospital e os semáforos, as luzes, pareciam todas embaralhadas. Conversei com meu marido, e a ficha dele pareceu não ter caído. Mas nunca me passou pela cabeça que iria morrer. Encarei e fui seguindo o que minha médica me indicava”, relembra.

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), 60 mil casos de câncer de mama devem ser diagnosticados no Brasil até o fim deste ano. Ainda que afete homem e mulher, 99% dos casos são com mulheres. O Inca calcula que mais de 14 mil mortes no país foram causadas pelo câncer de mama em 2013, último ano do levantamento nacional.

As histórias de Simone e suas seis colegas de empresa são recontadas em voos da empresa. As vencedoras aparecem um vídeo gravado com prevenção e detecção precoce do câncer de mama, exibido nas telas de bordo durante todo o mês de outubro.

Jussara Fatima da Silva tomou medicação contra o câncer por cinco anos. Sete anos após o primeiro diagnóstico – e sessões de radioterapia e quimioterapia depois – a coordenadora em segurança do trabalho está curada.

“A vida é uma caixinha de surpresa, todo dia que a gente acorda e abre essa caixinha a gente pode ver flores ou espinhos. Quando vemos flores, temos que aproveitar todos os segundos de felicidade”, conclui Jussara.

Da Redação com informações do UOL 

Delmo Menezes
Gestor público, jornalista, secretário executivo, teólogo e especialista em relações institucionais. Observador atento da política local e nacional, com experiência e participação política.

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