Duelo será às 12h deste domingo, no estádio Luzhniki, em Moscou

Por Estadão Conteúdo

Atual campeã mundial e da Copa das Confederações, líder do ranking da Fifa e vencedora dos 10 jogos que disputou nas Eliminatórias da Europa, a Alemanha estreia na Copa do Mundo com um desafio particular: o de se manter no topo. O primeiro adversário é o México, neste domingo, às 12 horas (de Brasília), no estádio Luzhniki, em Moscou, pelo Grupo F.

O primeiro desafio foi administrar a transição, a passagem de uma geração para outra. Do elenco atual, apenas nove são remanescentes da conquista de 2014 no Brasil. Philipp Lahm e Miroslav Klose se aposentaram do time, assim como o reserva Per Mertesacker. Mas não foi só isso. Muita coisa não estava no script, entre eles a queda de desempenho de protagonistas, como Bastian Schweinsteiger, e as lesões frequentes de potenciais titulares (Marco Reus e Ilkay Gündogan). Alguns talentos frustraram a comissão técnica. O atacante Mario Götze simplesmente não vingou depois de ter feito o gol que garantiu a vitória no Brasil.

Mesmo com esses problemas, a Alemanha continua com grande oferta de atletas e conquistou a vaga na Eurocopa sem dificuldades. O problema foram alguns resultados surpreendentes, como as derrotas históricas para Polônia e Irlanda, assim como um monte de tropeços em amistosos – que incluíram derrotas para Argentina, Estados Unidos e França entre 2014 e 2015. Empatar com a Austrália também não animava.

Já na preparação à Eurocopa de 2016, derrotas para Inglaterra e Eslováquia. Recentemente, perdeu para a Áustria – a mesma que perdeu para o Brasil por 3 a 0 na semana passada. Em outras palavras: a Alemanha tirou o pé. O meia Toni Kroos dá a entender que até as oscilações foram mais ou menos planejadas. “Evoluímos nos amistosos, mas não conseguimos todos os resultados que queríamos. Sabemos que tudo foi planejado pensando na disputa do Mundial”, afirmou o jogador do Real Madrid.

Ao longo da semana, o técnico Joachim Löw tentou minimizar a pressão sobre os donos do mundo. Sua intenção é fortalecer o grupo psicologicamente caso as coisas não deem certo. Os alemães tomam a Espanha como exemplo. Os espanhóis chegaram ao Brasil em 2014 como campeões mundiais, mas caíram na primeira fase. E ainda teve a Itália, que caiu na primeira fase em 2010 depois de ganhar o Mundial quatro anos antes, e a França, que após o título em 1998 fez apenas os três jogos iniciais em 2002. São casos isolados, mas que estão no radar. “Todos querem derrubar a Alemanha. Nós trabalhamos, chegamos até aqui e agora precisamos nos manter”, afirmou após o primeiro treino na Rússia.

Ele afirma que ainda dá para pensar no Brasil por causa da possibilidade de chaveamento dos Grupos E e F. “A Sérvia fez uma boa qualificação, a Suíça também fez. O Brasil é favorito desse grupo, mas… não há dúvidas de que estamos observando o geral”, disse Joachim Löw.

A Alemanha continua se destacando pelo trabalho coletivo. E, por incrível que pareça, o sistema de jogo parece melhor em 2018 do que em 2014. É um time que sabe trabalhar os passes, encontra espaços em defesas mais fechadas e pode atacar verticalmente. São astros, mas também operários.

Neste contexto, o jogador mais procurado pelas crianças que foram assistir ao treino aberto no início da semana foi o goleiro Neuer. Apesar da lesão que o tirou dos gramados por nove meses, é intocável. Apesar da falta de ritmo, mostrou que está bem nos testes contra a Áustria e Arábia Saudita.

A chave da Alemanha que vai se apresentar na Rússia é o trio de meias. Aqui está a maior dúvida sobre quem vai jogar. Thomas Müller teve altos e baixos no Bayern de Munique, mas fez ótimas eliminatórias. Vai jogar pelo lado direito. Nos outros dois postos, existem possibilidades: Özil, Julian Draxler e Marco Reus.

ALEMANHA X MÉXICO

Local: Estádio Luzhniki, em Moscou (Rússia)
Data: 17 de março de 2018 (Domingo)
Horário: 12h (de Brasília)
Árbitro: Alireza Faghani (Irã)
Assistentes: Reza Sokhandan (Irã) e Mohamed Mansouri (Irã)

ALEMANHA: Manuel Neuer, Joshua Kimmich, Mats Hummels, Jerome Boateng e Jonas Hector; Toni Kroos, Sami Khedira e Mesut Özil; Thomas Müller, Julian Draxler e Timo Werner
Técnico: Joachim Löw

MÉXICO: Guillermo Ochoa, Carlos Salcedo, Héctor Moreno, Hugo Ayala e Miguel Layún; Héctor Herrera, Andrés Guardado, Jonathan Dos Santos e Chicharito Hernández; Carlos Vela e Hirving Lozano
Técnico: Juan Carlos Osório

Da Redação com informações do Estadão

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