De acordo com o relator, Rodrigo Delmasso (Republicanos), as mudanças vão modernizar os cargos e aprimorar a gestão de pessoas, em conformidade com a complexidade das funções

Para Jorge Vianna (Podemos), o PL repara um erro histórico, principalmente em relação aos técnicos. Ele explicou que alguns recebem 30% a menos, realizando as mesmas funções.

Por Redação

Em reunião extraordinária remota nesta terça-feira (22), a comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara Legislativa aprovou o PL 1735/2021, de autoria do Poder Executivo, que cria a carreira de Gestão e Assistência Pública à Saúde ao desmembrar a de Assistência Pública à Saúde. O objetivo é valorizar os servidores de acordo com a complexidade das funções e qualificação profissional.

Segundo a deputada, Jaqueline Silva (PTB), a proposta não provoca aumento de despesa, embora estabeleça exigência de graduação para todos os cargos. “Não há qualquer modificação substancial nas suas atribuições ou estrutura hierárquica”, explicou a distrital. 

Delmasso também ressaltou que o salário é apenas um dos pontos de valorização, mas é preciso melhorar as condições de trabalho dos profissionais. Para ele, a proposta representa um “passo importante”, mas não definitivo. “É necessário que se faça um debate amplo sobre as carreiras da Saúde para que haja de fato uma valorização desses servidores que, não só na pandemia, mas em todos os momentos, têm dedicado suas vidas para atender as nossas famílias”.

Para Jorge Vianna (Podemos), o PL repara um erro histórico, principalmente em relação aos técnicos. Ele explicou que alguns recebem 30% a menos, realizando as mesmas funções. Também relatou que alguns técnicos exercem o trabalho de analistas na Secretaria de Saúde. Embora considere um avanço importante, ele defendeu uma mudança estrutural no quadro de pessoal. “Deveria haver um vencimento dos médicos, outro de todos os cargo de nível superior, e depois de todos os técnicos, com 70% dos salários do nível superior. A tabela salarial deve ser única”, defendeu.

A presidente da CESC, Arlete Sampaio (PT), parabenizou o SindSaúde pela aprovação “após muito luta” e concordou com a sugestão da tabela salarial única, o que evitaria disputa entre as categorias. “O único defeito é que é pouco abrangente, pois deixa de fora algumas categorias que precisam se mobilizar para garantir seus direitos. Continuemos em defesa das parcelas dos trabalhadores da Saúde que não foram contemplados”, afirmou a distrital. Leandro Grass (Rede) também criticou o “fatiamento dos debates” sobre as carreiras: “fazer o debate sobre plano e funções não pode ser no varejo”. Para ele, é necessário ter uma visão de Estado “a fim de reequilibrar as distorções salariais como um todo”.

O projeto, aprovado na segunda-feira (21) pela Comissão de Educação, Saúde e Cultura, é uma demanda dos próprios servidores da Saúde. Segundo o Governo, além de estimulá-los, as mudanças evitarão “perda de quantitativo laboral de extrema importância nessa Pasta”.

Com informações da CLDF

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