Horário eleitoral gratuito começa dia 31 de agosto e irá até 4 de outubro. Foto: Reprodução

Por Leonardo Cavalcanti

Na sexta-feira, começa a penúltima etapa da campanha eleitoral, com os programas de rádio e televisão. Tal período vai de 31 de agosto a 4 de outubro. Pelo menos quatro candidatos se fiam nesse momento para aumentarem os atuais índices de votos nas pesquisas eleitorais e, assim, chegarem ao segundo turno: Geraldo Alckmin (PSDB), Fernando Haddad (PT), Henrique Meirelles (MDB) e Ciro Gomes (PDT). A dificuldade para os quatro está na resiliência de Jair Bolsonaro (PSL) e de Marina Silva (Rede), que, mesmo com tempo praticamente nulo na tevê, seguem fortes nas redes sociais.

Pela primeira vez, a partir das características dos candidatos, será possível avaliar a força da internet nas campanhas brasileiras. Enquanto nos debates, os políticos presentes fizeram questão de isolar o PT, que tem o candidato de “mentirinha”, Luiz Inácio Lula da Silva, preso, agora será a vez de Marina e Bolsonaro serem “esquecidos” por quem tem mais tempo na tevê, no caso, Alckmin, Haddad, Meirelles e Ciro. Pelo menos neste início de campanha, afinal as citações diretas aos adversários, mesmo em forma de crítica, podem ter efeito contrário, dando visibilidade ao inimigo. Tal estratégia depende até aqui de duas condicionantes: até quando o PT vai esticar a corda com Lula na pista e até onde vai a força de Bolsonaro e de Marina em se manterem em primeiro e segundo lugares, respectivamente, no cenário sem o ex-presidente.

Assim, os primeiros programas serão de apresentação das candidaturas, sem maiores atropelos. Tudo pode mudar de maneira acelerada, entretanto, com as pesquisas eleitorais a serem divulgadas – daqui até o primeiro turno, há pelo menos quatro levantamentos do Ibopc e quatro, do Datafolha. E com a troca de nomes no grupo petista.

Nas últimas horas, a turma mais talibã do partido iniciou um movimento de “tudo ou nada” em favor da candidatura de Lula. O próprio ex-presidente, contudo, mantém, segundo interlocutores, a disposição em ser substituído por I Iaddad assim que o indeferimento da candidatura ocorrer no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A única novidade seria o despacho do comitê da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre a participação do petista na eleição. O caso, assim, poderia ir até o Supremo Tribunal Federal (STF). A substituição por Haddad, porém, é a estratégia única até aqui.

Nordeste

A última fronteira de votos para os candidatos será o Nordeste, que tem em Lula o principal nome. A força do PT por lá tem feito a equipe de Alckmin reavaliar as viagens do candidato aos estados da região, como ele fez na semana passada em Pernambuco. Na Bahia, por exemplo, o candidato do bloco pró-Alckmin a governador Zé Ronaldo (DEM) exibe cartazes, bandeiras e adesivos com o prefeito de Salvador, ACM Neto – o presidenciável tucano não aparece em fotos ou citações. Tal situação tem levado o pessoal de Alckmin ao raciocínio de que será mais fácil virar votos em lugares simpáticos a tentar ganhar apoios onde os eleitores já são mais favoráveis a determinado candidato. Os defensores dessa tese lembram os casos dos tucanos José Serra, em 2010, e Aécio Neves, em 2014. Os dois não conseguiram avançar nos estados do Nordeste e acabaram com dificuldades em São Paulo e Minas, respectivamente, o que levou Dilma Rousseff à vitória nas duas eleições.

Da Redação com informações do Correio

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