Sede da Secretaria de Saúde do DF

Por Lucas Valença*

Uma disputa velada vem chamando a atenção nos bastidores da política de uma falta de cooperação entre o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF, comandado por Francisco Araújo Filho, e a Secretaria de Saúde, gerida por Osnei Okumoto.

Servidores da pasta palaciana vêm reclamando pelos corredores que estão sendo barrados, mesmo identificados, nos hospitais e postos ligados ao Iges-DF. Além de barrados estes funcionários palacianos não estão tendo acesso a informações do Instituto.
A resposta recebida pelos servidores é clara, para acessarem o Iges-DF terão de ser identificados pelo próprio instituto. O problema é que, mesmo com uma certa independência funcional, o órgão é, em tese, subordinado à Secretaria de Saúde, já que o presidente do Conselho de Administração é justamente o secretário palaciano, Osnei Okumoto.

Vale lembrar também que o governo chegou a anunciar que os hospitais da cidade teriam porta aberta nas suas respectivas emergências, mas os hospitais do Guará, de Sobradinho ou de Taguatinga, por exemplo, que são subordinados à Secretaria de Saúde, estão com dificuldades de transferir pacientes para os hospitais controlados pelo instituto.

A coluna buscou uma fonte importante do Iges-DF que explicou que os servidores da secretaria não possuem livre acesso às dependências dos hospitais e UPAs ligados ao instituto, mas reforçou que a exigência do crachá do Iges é uma questão de segurança e controle dos lugares.

Esta mesma fonte defendeu que o instituto não é subordinado à pasta palaciana e que o Conselho Gestor opina sobre as diretrizes e metas da saúde. Sobre a transferência de pacientes, disse que o recebimento de doentes depende da demanda e disponibilidade.

A separação do sistema, no entanto, está clara, mas a saúde é a mesma.

*Com informações do Jornal de Brasília

3 COMENTÁRIOS

  1. Essa matéria sobre a separação IGES X SES é totalmente verdadeira, trabalho no IGES e sem crachá desse Instituto, mesmo com o crachá da SES, não passamos nem da porta.

  2. Difícil ver um sistema de saúde que deveria ser totalmente público, amplamente divido.
    Iges vai na contra mão da Saúde do Brasil, como por exemplo usar um sistema de prontuário eletrônico pago e diferente do usado na SES, enquanto o MS tem disponível o GAL, sistema gratuito disponível para toda a nação.
    Pra mim é difícil descer a garganta a troca de servidores, uma terceirização que mais parece “cabide de emprego”
    Onde eles chegam “maqueiam” com tinta um espaço público, construído com dinheiro público, usam todo o maquinário disponível e dizem que estão fazendo um grande trabalho….. Onde exames de raio-x demoram 2 horas para ser entregues pois “precisam de laudo”….
    Será uma sinusite precisa de laudo para ser diagnosticada? Será que pneumonia precisa de laudo???? Ou será que isso existe apenas para encarecer o serviço? Será que todo paciente que entra na Upa precisa de eletrocardiograma com laudo???
    Enfim… Iges é mais um “elefante branco” do Distrito Federal, assim como o grande estádio Mané Garrincha…. E Centro ADM de Taguatinga.

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