Laboratório Lacen-DF. Foto: Geovana Albuquerque.

Infecção foi identificada em regiões que concentram casos da doença na capital. No Brasil, também há registros em outros sete estados. Lacen identificou a nova cepa por meio de sequenciamento genético. As pessoas que testaram positivo para a variante são residentes nas regiões de Santa Maria, Plano Piloto e Planaltina

Por Redação*

A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), identificou nesta quarta-feira (21), seis casos da variante B.1.671.2 do coronavírus, conhecida como delta, na capital. Entre eles, estão moradores de regiões que registram o maior número de infectados na capital, como Plano Piloto.

Esses são os primeiros casos da variante confirmados no DF. A cepa é considerada mais transmissível em comparação às demais já identificadas no país, segundo especialistas. No Brasil, ela também já foi registrada em outros sete estados.

A reportagem apurou que os infectados são das regiões de Asa Norte, Ceilândia, Planaltina e Sobradinho. Em coletiva de imprensa na tarde desta quarta-feira, o secretário de Saúde, Osnei Okumoto, informou que o local de residência dos contaminados é “sigiloso”.

A pasta informou apenas que as amostras foram coletadas em Planaltina, Plano Piloto e Santa Maria – o que não necessariamente indica o local de moradia.

Perfil dos infectados

De acordo com Okumoto, o Lacen-DF analisou, ao todo, 67 amostras. A maioria das seis análises positivas para a variante Delta é de Planaltina, com quatro casos.

Os contaminados são três homens e três mulheres, com idades de 20 a 59 anos, de acordo com a SES.

Segundo o secretário de Saúde, todos as pessoas estão isoladas em casa, sendo monitoradas por equipes do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS), por telefone.

Casos suspeitos

Ainda de acordo com o secretário de Saúde, as pessoas que tiveram contato com os contaminados estão sendo monitoradas e há suspeitas de transmissão.

“Vamos verificar amostras de mais quatro pessoas com possível contaminação do vírus delta, que tiveram contato diretamente com essas pessoas”, afirmou o Okumoto

Um dos casos de possível transmissão da delta, chamados de “secundários”, está sendo investigado em Vicente Pires.

Questionado se há transmissão comunitária da variante, quando ocorre entre moradores do DF, sem contato com pessoas de outros estados ou países, Okumoto não confirmou. “Está sendo investigado”, disse.

A SES afirma que o Lacen-DF realiza de 170 a 190 sequenciamentos de genoma para identificar as cepas, a cada 15 dias. Entre os critérios para análise estão casos de reinfecção e internação.

Variante Delta

Identificada inicialmente na Índia, a cepa já foi detectada em mais de 100 países, com expectativa de dominar os casos de coronavírus no mundo “em breve”, segundo a OMS.

Em um artigo publicado na revista científica “Eurosurveillance”, pesquisadores ligados à entidade e ao Imperial College London apontam que a variante delta foi a que teve o maior aumento na taxa de reprodução em relação ao coronavírus original.

Enquanto a alfa (B.1.1.7, responsável pelo primeiro surto no Reino Unido) teve aumento de 29% na transmissibilidade, os pesquisadores apontam que a delta chegou a 97% de incremento em relação ao vírus original.

No entanto, os estudos ainda não confirmaram se a cepa é mais letal ou provoca casos mais graves. Até esta terça-feira (20), o Ministério da Saúde somava 110 casos da delta no Brasil. Veja abaixo:

  • 83 – Rio de Janeiro
  • 13 – Paraná
  • 6 – Maranhão (navio que ficou parado na costa do estado)
  • 1 – Minas Gerais
  • 2 – Goiás
  • 3 – São Paulo
  • 2 – Pernambuco

Da Redação do G1/DF

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