Brasília(DF), 09/06/2016 - Quadrilha que roubava carros - DOE - Policia Civil - Departamento de Operações Especias - Agente - Arma ColeteFoto: Michael Melo/Metrópoles

Policiais civis da Cecor, com o apoio do MP, cumprem mandados de apreensão. Um dos alvos é um médico e diretor do Iges

Por Carlos Carone*

A Polícia Civil do Distrito Federal, por meio da Coordenação Especial de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Cecor), desencadeou, na manhã desta quarta-feira (03/06), a Operação In Rem Suam. Os policiais investigam suspeita de desvio de materiais hospitalares, incluindo respiradores, da Secretaria de Saúde do DF.

O grupo alvo da operação, que tem apoio do Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT), seria liderado por um servidor público lotado no Instituto de Gestão Estratégica do Distrito Federal (Iges-DF), responsável por alguns hospitais e UPAs.

As investigações, conduzidas pela Divisão de Repressão ao Crime Organizado (Draco), apontam para a possível atuação do médico, que atualmente ocupa uma das diretorias do Iges-DF.

Ele teria se aproveitado do período de pandemia de Covid-19 para subtrair materiais, principalmente respiradores, e posteriormente revendê-los tanto a particulares quanto ao próprio Governo de Distrito Federal, por meio de empresa interposta, que estaria oferecendo os equipamentos ao poder público para aquisição por meio de contratos emergenciais, autorizados em razão da pandemia.

Ao todo, são cumpridos sete mandados de busca e apreensão no DF, com a participação de 50 policiais civis, a fim de averiguar os desvios de materiais. Os alvos são as casas do servidor, o próprio Iges-DF e a empresa investigada, uma importadora de produtos hospitalares situada no Setor de Indústrias e Abastecimento (SIA), bem como seus sócios.

Os nomes dos suspeitos não foram divulgados, “uma vez que as investigações ainda estão em andamento e os mandados de busca e apreensão são medidas destinadas a auxiliar a instrução criminal”, segundo informações da PCDF.

A investigação conta com o apoio do Ministério Público, por meio da Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde do Ministério Público (Prosus). Até o momento, a suspeita é da prática dos crimes de peculato e advocacia administrativa.

“O Iges-DF reforça que a gestão é pautada pela transparência, não tolera irregularidades e todos os dados necessários serão repassados à equipe que conduz a operação. Ressalta, ainda, que não adquiriu insumos ou equipamentos com as empresas investigadas”, acrescentou o instituto.

Por outro lado, a Secretaria de Saúde informou que está colaborando com as autoridades. Mas pasta alegou que não pode revelar maiores detalhes para não atrapalhar as investigações.

O nome dado à operação — In Rem Suam — vem do latim e significa: “mandato em causa própria”.

*Da Redação com informações do Metrópoles

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