Tecnologia na gestão da Assistência Farmacêutica no SUS

Especialista da USP apresenta projeto à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos para o controle de gastos em medicamentos do setor.

Por Delmo Menezes / Patrícia Brito

O renomado Prof. Dr. Eduardo Mario Dias, mestre e doutor em Engenharia Elétrica pela Universidade de São Paulo e professor titular da Universidade de São Paulo (USP), onde ministra cursos na graduação e na pós-graduação na Escola Politécnica da USP, apresentou dois projetos tecnológicos à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estrategicos do Ministério da Saúde, para fortalecer o sistema nacional de controle de rastreabilidade de medicamentos.

Há cinco anos no campo de tecnologia do Hospital das Clinicas da USP, o primeiro contato de sucesso do especialista foi com a ANVISA, o que motivou o Dr. Renato Teixeira, diretor do Departamento de Assistência Farmacêutica do Ministério da Saúde, trazer a ideia da tecnologia com o objetivo de aprimorar a distribuição de medicamentos pelo país gerando economia de tempo e recursos.

Coordenador de Monitoramento, do DAF/SCTIE/MS, Heber Dobis Bernarde.

De acordo com o Coordenador de Monitoramento, do DAF/MS, Heber Dobis Bernarde, a partir do convênio firmado com a USP, será possível a aplicação dos algoritmos preditivos que tem como objetivo aprimorar o processo de definição das quantidades dos medicamentos a serem adquiridos e distribuídos pelo Ministério da Saúde a partir de dados consolidados sistematicamente na Base Nacional de Dados da Assistência Farmacêutica.

“O uso intensivo de tecnologia de ponta otimizará custos, aumentará o número em produtividade alcançando mais usuários independente de sua localidade, explica Heber.

Um segundo projeto está ligado ao Departamento de Ciência e Tecnologia – DECIT do Ministério da Saúde que visa o controle de termolábeis onde necessitam de cuidados especiais quanto ao modo de armazenamento por possuírem propriedades físico-químicas diferenciadas.

Dr. Eduardo Mario Dias. Foto: Agenda Capital

Fazem parte da classe de medicamentos termolábeis, medicamentos biológicos e imunobiológicos, vacinas, algumas substâncias injetáveis como insulina dentre outros. “Trata-se de uma classe de medicamentos que são sensíveis a grandes variações de temperatura, isso quer dizer que eles jamais devem ser congelados ou aquecidos”, disse o Dr. Eduardo Dias.

Segundo os idealizadores, qualquer variação de temperatura pode fazer o medicamento perder sua eficácia e estabilidade, gerando a perda do produto e prejuízos econômicos podendo ainda afetar diretamente a saúde dos pacientes.

O Prof. Dias ressalta que o Ministério da Saúde já oferta dados e com a utilização da inteligência artificial, consegue fazer uma melhor preleção na compra e distribuição de medicamentos chegando a significativos índices de economia à pasta.

Da Redação do Agenda Capital

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