Por Coluna Brasília-DF
A filiação do jornalista José Luiz Datena ao MDB é a primeira de uma série que promete fazer com que uma das legendas marcadas pela velha política ressurja com força no cenário eleitoral. São, pelo menos, dois fatores que levam a isso: o primeiro deles é que, no MDB, cabe um pouco de tudo –– desde aqueles que lideram o governo de Jair Bolsonaro, e simpatizam com o presidente, até ex-ministros da presidente Dilma Rousseff, caso dos senadores Eduardo Braga (AM) e Marcelo Castro (PI).
Num momento de indefinição da política, o MDB soa como aquele avião que tem autonomia de voo para mudar de rota no meio do caminho, levando seus passageiros com alguma segurança até outro aeroporto.
O segundo fator é que, num cenário de não coligação para as eleições deste ano, situação que se repetirá em 2022, o melhor é buscar um grande partido, que tem recursos e tem a cara da estabilidade.
Não por acaso, ontem, nos bastidores da filiação de Datena, muitos diziam que, no período de Henrique Meirelles na Fazenda, o crescimento econômico foi o mesmo registrado no período Paulo Guedes. E Meirelles pegou a economia em recessão, situação pior do que a encontrada por Guedes. E que ninguém se espante se o partido começar a bater bumbo nessa questão. Afinal, dizem os emedebistas, esperava-se mais do atual governo.
*Com informações do CB