Ex-jogador Robson Souza, Robinho, foi condenado por estupro coletivo contra uma jovem, dentro de uma boate em Milão, em 2013. Pedro Junior Rosalino Braule Pinto atua em um escritório de advocacia de Brasília.

Por Redação 

Sequestrado poucas horas após o nascimento, na maternidade do Hospital Santa Lúcia, no Distrito Federal, Pedro Junior Rosalino Braule Pinto – que ficou conhecido como Pedrinho – é um dos advogados do escritório de Brasília que faz a defesa do ex-jogador Robson Souza, o Robinho, condenado por estupro coletivo contra uma jovem, dentro de uma boate em Milão, em 2013.

Em 20 de março, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu pelo placar de 9 a 2 que o ex-jogador Robinho, condenado na Itália, deve cumprir a pena de 9 anos no Brasil. No país europeu, foram três julgamentos e não havia mais recurso possível.

O crime de violência sexual em grupo aconteceu em 2013, quando Robinho era um dos principais jogadores do Milan, clube de Milão, na Itália. Nove anos após o caso, em 19 de janeiro de 2022, a justiça daquele país o condenou em última instância a cumprir a pena estabelecida.

Robinho foi condenado após ter estuprado, junto com outros cinco homens, uma mulher albanesa em uma boate em Milão. A vítima estava inconsciente devido ao grande consumo de álcool. Os condenados alegam que a relação foi consensual.

Caso Pedrinho

O caso Pedrinho comoveu o país quando ele foi sequestrado, poucas horas depois de nascer, no dia 21 de janeiro de 1986, em uma maternidade privada de Brasília. A imprensa divulgou amplamente o crime. Mesmo com o passar dos anos, os pais biológicos da criança, Jayro Tapajós e Maria Auxiliadora Rosalina Braule Pinto, nunca desistiram de procurar o filho. Mais de uma década depois do sequestro, as fotos do bebê foram publicadas em vários sites de pessoas desaparecidas.

Foram várias pistas falsas. Até que, em 2002, Vilma Martins foi reconhecida como a sequestradora do bebê que ela registrou como filho e deu o nome de Osvaldo Martins Borges Júnior, em Goiânia.

O crime só foi descoberto porque Gabriela Azeredo Borges, neta do marido de Vilma, começou a desconfiar que Osvaldo era o recém-nascido sequestrado em Brasília. Ela viu a foto do menino no site SOS Criança, órgão da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, notou semelhanças e começou a investigar o caso pela internet.

Ao acessar o site Missing Kids, ela encontrou uma foto do pai biológico de Pedrinho e também o achou parecido com Osvaldo. Em outubro de 2002, Gabriela ligou para o SOS Criança de Brasília e a polícia retomou as investigações do caso.

Um exame de DNA comprovou a suspeita de Gabriela e desmentiu a versão que Vilma sustentava, de que a criança havia sido entregue ao marido – já falecido na época das denúncias – por um gari, em Brasília.

Com G1/DF

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